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Alzheimer: cientistas descobrem droga que pode rejuvenescer cérebro
13 de dezembro de 2020
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Idosa na rua - Foto: Julia Mirvis para Pixabay
Idosa na rua - Foto: Julia Mirvis para Pixabay

Cientistas da Universidade de San Francisco, na Califórnia, EUA, descobriram uma droga experimental capaz de reverter problemas na memória causados pelo envelhecimento.

O estudo publicado este mês no jornal eLife Sciences, mostra que a droga ISRIB pode oferecer uma rápida restauração das habilidades cognitivas.

Os experimentos, feitos em camundongos idosos, conseguiram um rejuvenescimento do cérebro e das células imunológicas.

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Os pesquisadores descobriram que a droga também proporcionou alterações nas células T do sistema imunológico, indicando que a ISRIB pode ter implicações para doenças de Alzheimer e diabetes, que têm sido associadas ao aumento da inflamação causada por um sistema imunológico em envelhecimento.

Eles acreditam que perdas cognitivas, que afetam a memória por conta da idade, não são permanentes e podem ser restauradas.

Motivo

O estudo conclui que o cérebro envelhecido bloqueia recursos cognitivos por um possível ciclo vicioso de estresse celular.

Peter Walter, coordenador do levantamento e professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica, informou em comunicado da universidade, que o estudo encontrou uma maneira de quebrar o ciclo e restaurar as habilidades do cérebro bloqueadas pela idade.

A droga

A droga, chamada de ISRIB, já foi utilizada em estudos anteriores para restaurar a função da memória, após o traumatismo cranioencefálico (TCE), para reverter deficiências cognitivas na síndrome de Down, prevenir perda auditiva relacionada ao ruído, combater tipos de câncer de próstata e melhorar a cognição em animais saudáveis.

Para a realização do estudo, os pesquisadores treinaram os animais idosos para escaparem de um labirinto aquático, por meio de uma plataforma oculta. Uma tarefa com um nível de dificuldade maior para animais mais velhos.

Os animais que receberam uma pequena quantidade de doses diárias de ISRIB, durante o processo de treinamento de três dias, foram capazes de realizar a tarefa tão bem quanto os camundongos jovens e relativamente melhor do que aqueles que tinham a mesma idade e não receberam a droga.

Semanas após o tratamento inicial com ISRIB, os mesmos animais foram treinados para realizar um teste de flexibilidade mental, que consistia em encontrar um caminho para sair de um outro labirinto cuja saída mudava diariamente.

Os camundongos que receberam um breve tratamento com ISRIB três semanas antes, ainda tiveram o mesmo desempenho que os mais jovens, enquanto os camundongos não tratados continuaram com as mesmas dificuldades apresentadas anteriormente.

Impactos da droga

Para entender os impactos da droga na função cerebral, os cientistas analisaram a atividade e a anatomia das células no hipocampo – local do cérebro com papel fundamental no aprendizado e na memória – um dia depois de dar aos animais uma dose da droga.

As assinaturas comuns do envelhecimento neural, registradas no hipocampo, desapareceram nos animais que receberam a ingestão de ISRIB.

Os camundongos também apresentaram uma atividade elétrica dos neurônios mais ágil e responsiva à estimulação e células com conectividade maior e mais resistente com as células ao seu redor, atividade registrada apenas em animais mais novos.

Os estudos continuam e agora os cientistas querem descobrir quanto tempo duram os benefícios cognitivos do ISRIB.

Com informações do G1

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