Pesquisador cria isopor à base de milho de pipoca

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Por Andréa Fassina
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Foto: Nordgetreide

Imagina um isopor feito à base de pipoca? Um pesquisador alemão saboreava pipoca no cinema quando percebeu que, encharcada de manteiga, ela tinha exatamente o mesmo tamanho daqueles ‘amendoins de isopor’ usados para transportar produtos.

O isopor como é feito de poliestireno e requer extração de combustível fóssil. Para se decompor, leva séculos, ainda mais se for em tamanho de microplásticos.

Alireza Kharazipour decidiu investir na pesquisa com grãos de milho para substituir estas embalagens tóxicas para a natureza e meio ambiente. E deu certo!

“Os produtos são muito leves porque os grânulos de pipoca são preenchidos com ar como favos de mel”, disse Kharazipour à Fast Company . “Quando o milho em grão se transforma em pipoca, o volume aumenta de 15% a 20%.”

“Nossa embalagem de pipoca é uma ótima alternativa sustentável ao poliestireno que é derivado do petróleo”, disse Stefan Schult, Diretor Executivo da Nordgetreide, que produz o material.

Pipoca granulada

A equipe de Kharazipour, da Universidade de Göttingen, criou o que ele chama de “pipoca granulada”.

Ou seja, os cientistas pegaram os resíduos de milho produzidos na fabricação de flocos de milho e encheram com vapor, criando a química necessária para transformá-los.

A embalagem à base de pipoca pode ser feita de qualquer tipo de milho e é totalmente biodegradável.

Grandes peças podem ser comprimidas em formatos para conter diferentes produtos e podem ser facilmente serradas em pedaços, seja para cortar em formas precisas, ou para triturar no final de sua vida útil.

Licenciamento

O brilhantismo da ideia de Kharazipour lhe rendeu um acordo de licenciamento exclusivo com uma empresa de grãos e cereais de médio porte na Europa chamada Nordgetreide, para a fabricação de vários produtos de embalagem de pipoca.

Anualmente, só nos Estados Unidos, são produzidos cerca de 3 milhões de toneladas de poliestireno, o que é muito, considerando que se trata de 95% de ar.

Foto: Universidade de Göttingen

Foto: Universidade de Göttingen

Com informaçoes do GNN