Professora dá ponto a mais na nota para alunos vacinados

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Por Andréa Fassina
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A professora Kamila que dá aulas de sociologia em Taguatinga, no Distrito Federal Foto: Jornal de Brasília/redes sociais

Uma professora de Taguatinga, no Distrito Federal, decidiu dar um ponto na média para alunos do Ensino Médio que se vacinarem contra a Covid-19.

Kamila Braga Rodrigues, de 24 anos, dá aulas de sociologia para jovens de 16 e 17 anos no Centro Educacional 4 de Taguatinga Norte.

“Quando falei desse ponto na média, eles ficaram animados e disseram que assim que saíssem da aula, iriam se vacinar. Tem um posto de vacinação ao lado da escola, na UBS 1 de Taguatinga. Muitos deles já me trouxeram o cartão de vacinação marcado”, comemora.

Aulas presenciais

A iniciativa coincidiu com o retorno das aulas presenciais do Ensino Médio da rede pública, em Brasília. As aulas começaram há pouco mais de uma semana.

“Tive ideia a partir dessa falta de interesse dos alunos em tomar a vacina. Uma semana antes, eu tinha visto nas redes sociais essa professora do Maranhão falando sobre isso.Foi então que decidi pontuar aqueles alunos que estavam tomando a vacina”, contou.

“Semana passada voltamos com as aulas presenciais no ensino médio aqui no DF. Perguntei se iriam tomar a vacina e grande parte disse que não iria tomar, com medo da reação, medo da agulha. Outros não queriam pegar fila”, conta Kamila.

Fake News

A educadora, que dá aulas híbridas para 40 alunos — separados em dois grupos — afirma que a intenção foi incentivar os alunos a se vacinarem.

Além de trazer o cartão com a imunização registrada, os jovens também vão precisar entregar uma pesquisa científica para sobre a importância da vacinação na pandemia de covid-19.

“Primeiro que é o acesso à informação. Vivemos em uma era em que muitas fakes news são dissipadas. E é importante, dentro das nossas escolas, verificar quais informações são corretas e quais não procedem”, lembra.

“Também é importante saber qual é o papel deles na cidadania, o que a gente estuda muito na sociologia. O papel deles nessa vacinação para influenciar na saúde coletiva. E isso tem a ver com a sociologia. É importante eles terem essa percepção”, analisa a professora do Centro Educacional 4 de Taguatinga Norte.

Medo dos alunos

Uma das alunas que estava preocupada em receber a primeira dose do imunizante é Aline Rodrigues Pinheiro, de 17 anos.

“Eu estava com medo das reações, de ficar com febre ou ter vômito. Mas só fiquei três dias com sintomas: dor no braço, depois fiquei com dor nas pernas e dor de cabeça. Agora não sinto mais nada”, afirma a estudante.

“Achei muito legal a iniciativa da professora por ter oferecido um ponto na média, e fiquei feliz por ter recebido a vacina, mesmo com os efeitos normais.

Foi bom porque eu me senti protegida. Vou poder proteger a minha família e incentivar outros adolescentes a irem se vacinar”, comemora Aline.

Com informações do Correio Braziliense