Mulheres trans no Congresso! Erika Hilton é a mais votada. Veja outras!

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Por Monique de Carvalho
Imagem de capa para Mulheres trans no Congresso! Erika Hilton é a mais votada. Veja outras!
Ela defende pautas importantes para a comunidade LGBTQIA+ - Foto: reprodução Instagram

Mulheres trans no Congresso! O Brasil elegeu pelo menos 4, sendo duas delas para a Câmara dos Deputados, em Brasília. “Travesti, preta, deputada eleita”! Foi com essa frase história que Erika Hilton comemorou a vitória nestas eleições 2022.

Ela foi a mulher trans mais votada para vereadora em São Paulo e agora comemora o título de primeira mulher trans a ocupar o cargo no congresso. Um super vitória!

A candidatura de pessoas trans nas eleições saltou 44% entre 2018 e 2022, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais. É a representatividade! Além de Erika, outras representantes também ganharam as eleições 2022 e estarão lutando por mais direitos na comunidade LGBTQIA+.

Duda Salabert (PDT-MG) também ganhou para deputada federal. Já Linda Brasil (PSOL-SE), e Dani Balbi (PCdoB-RJ) ocuparão o cargo de deputadas estaduais a partir de 2023.

Já Erika, que luta pelo direito ao nome social para pessoas trans, conquistou o voto de 254.592 eleitores em São Paulo. Agora, ela quer levar o lindo trabalho feito na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores de São Paulo – onde ocupa a presidência –, para Brasília.

Além disso, a parlamentar quer se aprofundar nos debates sobre orçamento, cultura, educação, saúde, transporte e todos os assuntos que se referem ao desenvolvimento da cidade de São Paulo.

Trajetória de luta

Erika nasceu em uma família evangélica de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo e foi criada pela mãe e pelas avós.

Ela conta que durante a adolescência, quando já morava em Itu (SP), foi obrigada a frequentar a Igreja para que tentassem “curá-la”.

Aos 15 anos, foi expulsa de casa e passou a morar nas ruas, onde encontrou na prostituição uma maneira de sobreviver.

Durante seis anos, ela viveu na vulnerabilidade, até que voltou a morar com a mãe. Foi quando teve oportunidade de retomar os estudos e se formar no ensino médio, entrando para a faculdade de Pedagogia logo em seguida.

Foi nesta época que Erika passou a fazer parte do movimento estudantil, o que a colocou no caminho da política.

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Luta por direitos

Em 2015, a atual deputada iniciou uma luta contra uma empresa de ônibus que se recusou a imprimir o nome social dela na passagem. Depois de lançar petições e conseguir garantir o direito das pessoas trans de escolherem seus nomes.

Foi quando ela passou a realizar palestras e recebeu o convite do PSOL para sair como vereadora de Itu em 2016.

Na primeira candidatura, Erika Hilton não teve votos suficientes para se eleger, mas passou a integrar a Bancada Ativista em 2018. A Bancada Ativista foi eleita com 149.844 votos no mesmo ano.

Em 2020, ela saiu para se candidatar a vereadora por São Paulo. Foi eleita com 50.508 votos, tornando-se a vereadora mais votada do Brasil e a primeira travesti a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo.

Vitória significativa

A vitória de Erika Hilton como deputada federal é muito importante não apenas para os transexuais do Brasil, mas para todos os grupos de minorias, que terão a acessibilidade defendida em Brasília, a partir de 2023.

Durante os resultados, alguns famosos comemoraram a vitória através das redes sociais. “Parabéns, rainha”, comentou Sabrina Sato. “É isso!”, concordou Giovanna Ewbank. A deputada também comemorou muito na conta pessoal do Instagram.

Agora Erika promete não apenas lutar pelos transexuais e travestis, mas por todas as causas sociais que precisam de atenção.

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Erika foi a deputada mais votada do Brasil - Foto: reprodução Instagram

Erika foi a deputada mais votada do Brasil – Foto: reprodução Instagram

Linda Brasil - primeira deputada estadual trans eleita em Sergipe — Foto: Arquivo pessoal

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Duda Salabert é a primeira trans da história da Câmara Municipal de BH - Foto: arquivo pessoal

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Dani Balbi (PC do B) é a primeira parlamentar transexual da Alerj — Foto: Reprodução/ TV Globo

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Com informações de Câmara de Deputados de São Paulo