Estudantes criam ação para que crianças não se percam dos pais nas férias

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Por Monique de Carvalho
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Os alunos criaram ações para ajudar na segurança de crianças durante as férias - Foto: reprodução Marista

Um grupo de alunos do 2º ano do Ensino Fundamental teve uma ideia incrível para ajudar pais e crianças durante as férias. Eles criaram uma ação para melhorar a segurança de crianças em praias, shoppings e diversos outros ambientes públicos.

A ideia surgiu em sala de aula e agora está sendo colocada em prática dentro da escola e pelas ruas da capital paulista.

“Nosso objetivo foi conscientizar as crianças sobre os cuidados que devemos ter com pessoas estranhas e a quem elas podem recorrer caso haja qualquer necessidade”, disse a professora Daniella Coscarelli em nota ao Só Notícia Boa.

As crianças passaram a confeccionar cartazes com frases de conscientização sobre o tema. Elas também entregaram pulseiras de identificação, nas quais era possível inserir o nome dos pais e um celular de contato, além de uma cartilha com orientações para evitar que as crianças se percam.

Coordenadora do projeto, ela acredita que esse tipo de movimentação é importante por melhorar a conscientização social dos jovens e para aproximar filhos e pais.

Palmas na praia

A professora Daniella Coscarelli contou que a ideia de criar o projeto surgiu após uma aluna contar uma experiência que passou com a família na praia.

“Em uma de nossas conversas uma aluna trouxe uma vivência relacionada a uma criança perdida na praia. Ela contou aos colegas que começou a ouvir palmas das pessoas no guarda-sol e ficou curiosa para saber o que estava acontecendo. Perguntou aos seus pais que explicaram que esta é uma tática para ajudar as famílias que perderam seus filhos”, lembra a professora.

Foi a partir disso que o tema começou a despertar o interesse dos alunos. Eles pediram para fazer algo a respeito e assim nasceu o Projeto de Intervenção Social (PIS), denominado “Crianças desaparecidas: Como evitar que isso aconteça?”. A ação é exclusiva do colégio Marista, em São Paulo.

A atividade envolve a criação de ações que incentivam o cuidado com as crianças, palestras para os adultos e os pequenos, além de movimentações pelas ruas.

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Cuidados essenciais

Mais de um terço dos desaparecidos no Brasil são crianças e adolescentes de até 17 anos.

Nessa faixa etária, são 30 mil desaparecidos atualmente, segundo registros feitos em delegacias reunidos pelo Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), do Conselho Nacional do Ministério Público.

No total, o país tem 84,9 mil pessoas desaparecidas.

Com a ajuda da professora e de uma palestrante, as próprias crianças criaram as mensagens com cuidados essenciais e que evitam que as crianças se percam dos pais.

“Foi um momento rico e com muitas trocas, trazendo conhecimentos e cuidados relacionados ao tema trabalhado”, concluiu Daniella.

Além de cartilhas, as crianças distribuíram pulseiras de identificação - Foto: reprodução

Além de cartilhas, as crianças distribuíram pulseiras de identificação para aumentar a segurança nas férias – Foto: reprodução