Filme de estudante brasileira é único do Brasil em festival de cinema internacional

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Por Vitor Guerra
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O filme da estudante de Brasília foi o único brasileiro a ser selecionado para competir no festival de cinema ConnectHer Film. Foto: Reprodução/Make me laugh.

Um filme de uma estudante brasileira foi o único do país a ser selecionado para um festival de cinema internacional. A mostra tem foco em inclusão de gênero e empoderamento feminino, e o resultado final será divulgado em novembro, nos Estados Unidos.

A jovem Giovanna Queiroz Batista, 17, dirigiu, produziu e ainda atuou no curta-metragem Make Me Laugh – Faça-me rir, em tradução livre -. O esforço valeu a pena e a película foi selecionada para concorrer ao ConnectHer Film Festival, edição de 2023.

“É a minha primeira vez participando de um festival de curtas-metragens e é sobre um tema muito importante porque denuncia certa exclusão feminina na área do humor”, disse Giovanna em entrevista ao Só Notícia Boa.

A competição

No momento, a jovem cursa a 3° série do Ensino Médio no Colégio Marista da Asa Sul, em Brasília.

Buscando promover a inclusão de gênero, a mostra reúne produções realizadas por jovens cineastas do ensino médio e ensino superior de todo o mundo.

Para competir, os curtas precisam abordar temáticas como educação de meninas, fim da violência contra as mulheres, pobreza e independência econômica e beleza.

A iniciativa é uma das maiores do mundo para jovens do ensino médico e Giovanna é a única que vai representar o Brasil.

Ao todo, 80 filmes vão competir na premiação final, que acontece em novembro.

Make Me Laugh

A jovem cineasta começou desde cedo. Com um ótimo domínio de equipamentos, e um talento para edição, direção e montagem, Giovanna gravou todo o curta com aparelhos celulares, microfones de lapela, bastões de LED e luz natural para iluminação.

A história, que tem pouco mais de 5 minutos, fala sobre a união de duas irmãs frente a uma situação delicada. Em paralelo, o curta também aborda o dia a dia das mulheres no Stand-Up Comedy.

“Gosto de atuar, mas percebi, com o passar dos anos, que me sinto ainda mais realizada contando as histórias”, explicou a jovem.

A ideia do curta veio durante a pandemia. “Desde pequena tenho contato com Stand-Up Comedy e durante a pandemia me aprofundei no estudo de métodos de comediantes”, falou.

Ela mesmo escreveu o material, além de ter desenvolvido uma metodologia própria.

“Surgiu então a ideia de fazer um curta-metragem sobre a questão feminina, os preconceitos e a falta de representatividade no mundo do humor”, comentou a adolescente.

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Visibilidade

A animação de ter sido a única brasileira a ser escolhida para concorrer na competição vira ânimo para trazer visibilidade para uma pauta tão importante.

Giovanna ressaltou ainda que, na área da comédia, algumas oportunidades são proporcionadas para mulheres apenas usarem os corpos e cederem ao abuso que acontece no mundo do entretenimento.

Mesmo com diversas dificuldades, a menina se diz feliz com o feito.”Consegui reunir tudo o que eu amo em um só projeto: roteirização, produção, atuação, direção e edição”.

Bom, a gente fica aqui na torcida para que o filme dela seja o grande vencedor e traga o prêmio no Festival de Cinema. De toda forma Giovanna, você já é uma grande vencedora por ter sido selecionada. Parabéns!

Veja o trailer do filme da cineasta Giovanna na íntegra:

O curta tem 5 minutos e foi produzido e dirigido pela Giovanna. Foto: Reprodução/Make Me Laugh.

O curta tem 5 minutos e foi produzido e dirigido pela Giovanna. Foto: Reprodução/Make Me Laugh.