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Mãe de filho autista abusado por vizinho pede ajuda para recomeçar em outro estado
5 de dezembro de 2023
- Monique de Carvalho
Vamos ajudar esta mãe, que teve o filho autista abusado por um vizinho, e foi obrigada a fugir de Fortaleza para recomeçar a vida em Minas Gerais. - Fotos: arquivo pessoal
Vamos ajudar esta mãe, que teve o filho autista abusado por um vizinho, e foi obrigada a fugir de Fortaleza para recomeçar a vida em Minas Gerais. - Fotos: arquivo pessoal

Essa não é uma notícia boa, mas nossa missão, a partir de agora, é transformá-la. A Leidiane dos Santos Oliveira, de 36 anos, vive hoje um momento que nenhuma mãe deseja. Ela teve o filho autista, de 11 anos, abusado por um vizinho e, viu todos os sonhos da família desmoronarem de uma hora para outra.

Sem ter o apoio que esperava das autoridades, ela não viu saída a não ser mudar de estado. O abusador, de 17 anos, não foi preso. Com medo e angustiada, a mãe fugiu de Fortaleza, no Ceará, com os filhos e a roupa do corpo e foi para Minas Gerais, morar de favor na casa de uma tia.

“Eu tinha meu emprego, minha casinha e hoje não tenho nada, mas tenho esperança de que tudo ainda pode melhorar”, contou a mãe em entrevista exclusiva ao Só Notícia Boa. E nós vamos ajudá-la.

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“Pior momento da minha vida”

Leidiane contou que os dois filhos sempre pediam para jogar videogame na casa do vizinho, que hoje tem 17 anos, lá em Fortaleza. Por ser uma pessoa que ela conhecia bem, sempre confiou.

“Eu não esperava. A gente tinha muita afinidade. A minha tia cuidou dele”, lamentou Leidiane.

A mãe conta que não acreditou quando o irmão dela, tio das crianças, descobriu o que tinha acontecido e contou a ela.

“Meu irmão chamou meus filhos e disse: ‘conta pra sua mãe R**, o que ele fez?”. E o menino autista contou em detalhes como era abusado e mais: revelou que foram várias vezes. A mãe desabou.

“Parecia que era um buraco. Eu pergunto para Deus por que é que eu estou em outro estado e não consigo esquecer?”, disse.

Busca por justiça

Ainda em Fortaleza, a mãe foi até a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) prestar queixa. No entanto, como o abusador tem menos de 18 anos, não houve punição severa.

Na delegacia, mais um choque! Leidiane descobriu que não tinha sido só o filho de 11 anos. O outro filho dela e um sobrinho também foram abusados pelo mesmo jovem. “Só que o R** foi mais grave”, reforçou.

Ela disse que a própria família do abusador a apoiou, mas sem amparo da lei, ela ficou de mãos atadas.

“Ele se mudou para uma rua depois da minha, mas eu continuava encontrando ele no supermercado, na praça, no ônibus. Eu não estava aguentado ver ele solto. É um trauma muito grande”, contou Leidiane.

A mãe também disse que chegou a procurar algumas associações, que poderiam dar ajuda ao filho autista e contou que o menino havia sido abusado. Mas novamente não encontrou o suporte que precisava.

“Eu queria apoio, uma orientação. Qualquer coisa que me desse esperança de continuar. Mas eu não encontrei”, lembra emocionada.

Ajuda inesperada

Após tentar suicídio, Leidiane contou que começou a ter esperanças novamente.

“Meu filho me viu deitada na cama, com um vidro de remédio na mão e pediu para eu não fazer aquilo. Foi quando entendi que precisava recomeçar”, disse.

Ela então procurou uma emissora local e disse que queria contar a história. Após a matéria ir ao ar, a mãe disse que uma desconhecida a procurou nas redes sociais e ofereceu ajuda para sair de Fortaleza.

“Ela perguntou se eu tinha outro lugar para ir. Eu disse que tinha uma tia em Minas Gerais que podia receber a gente. Ela então deu R$ 1.700 para eu comprar as passagens para mim e meus filhos e ir embora”, lembrou a mãe.

E ela assim fez. Sem dar para comprar passagens de avião, Leidiane enfrentou uma viagem com os dois filhos até Juiz de Fora, onde vive hoje.

O recomeço

Leidiane lembra que a vida em Fortaleza era humilde, mas que ela era muito feliz com os dois filhos.

“Eu trabalhava, tinha minha casinha, minha vida, mas vi tudo indo embora de uma hora para outra”, lamentou.

Em Fortaleza ela trabalhava como empregada doméstica e hoje lamenta a situação que vive. “Eu não desejo o que eu estou passando para ninguém”, disse emocionada a mãe.

Tudo o que ela pede é a oportunidade de mudar. A gente sabe que nada vai apagar o trauma que essa família passou, mas podemos dar mais esperança e uma nova chance de recomeço.

Decidimos transformar a vida dessa mãe e dos dois filhos

Junto com o Só Vaquinha Boa, lançamos uma vaquinha para comprar uma casa e ajudar a Leidiane a se manter até conseguir emprego. Ela nos contou que está fazendo seleção e espera logo ser chamada.

Quanto ao pai das crianças, a mãe explicou que, mesmo contando que o filho autista foi abusado, além do sobrinho e do outro filho, não recebeu apoio do ex-marido.

“Ele não ajuda em nada. Eu preciso me humilhar. É um direito dos meus filhos, mas ele não liga”, explicou.

Contamos muito com vocês nessa missão!

Doe pelo Pix: ajuda-ryan@sovaquinhaboa.com.br

ou através do site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

Assista ao apelo da mãe, que teve o filho autista de 11 anos abusado e agora quer recomeçar:

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