1° transplante de rim de porco para humano é feito por médico brasileiro nos EUA

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Por Vitor Guerra
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O 1° transplante de rim de porco para um humano foi comandado pelo médico brasileiro Leonardo Riella nos Estados Unidos. - Foto: Michelle Rose/Mass General.

A medicina fez história: profissionais da saúde realizaram o 1° transplante do mundo de um rim de um porco para um humano. A equipe foi liderada por um médico brasileiro.

Leonardo Riella foi o responsável por liderar a equipe do Massachusetts General Hospital, na cidade de Boston, Estados Unidos. O paciente que recebeu o órgão é Richard Slayman, de 62 anos e que estava em diálise há 7 anos.

O procedimento durou quatro horas e Richard recebeu um rim de porco geneticamente modificado pela empresa Genesis. O homem se recupera bem e a equipe médica quer mandá-lo para casa já nas próximas semanas.

O 1° do mundo

Para o hospital, o transplante “representa um marco importante na busca de fornecer órgãos mais prontamente disponíveis aos pacientes”.

A equipe ainda não sabe quanto tempo durará o rim, mas o feito foi muito comemorado e pode abrir várias portas para milhares de pacientes na fila de espera.

O transplante do paciente foi realizado dentro de um programa da FDA, que permite que pacientes com condições graves tenham acesso a tratamentos experimentais.

“É um transplante único”, disse Karen Maschke, pesquisadora do Hastings Center, um instituto de pesquisa em bioética norte-americano.

Rim geneticamente modificado

Ao todo, o rim continha um total de 69 modificações genéticas.

O foco era reduzir o risco de rejeição do corpo do paciente.

Das 69, 10 foram feitas com esse intuito, enquanto as outras 59 foram feitas para diminuir o risco de infecção de vírus.

O rim tinha o mesmo tamanho de um rim humano. “Quando você olha microscópicamente, parece exatamente com um rim humano”, disse Leonardo Riella, diretor médico de transplante renal do Mass General.

Brasileiro na equipe

Foi Leonardo o brasileiro responsável por comandar a equipe.

O médico explicou que com base na divergência de, pelo menos, “80 milhões de anos atrás entre humanos e porcos, as edições que foram feitas permitem-nos ter um rim muito mais compatível”.

Agora, com o sucesso do 1° transplante, Leonardo acredita que, no futuro, a diálise pode se tornar obsoleta.

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Paciente passa bem

Assim que a operação terminou, a sala foi tomada por aplausos.

“Logo após a restauração do fluxo sanguíneo para o rim, o rim ficou rosado imediatamente e começou a produzir urina”, disse Kawai. “Era o rim mais lindo que eu já vi”, disse Tatsuo Kawai, cirurgião responsável pela operação.

A pressão arterial e os sinais vitais de Richard estão estáveis. “Ele parece quase completamente a caminho da recuperação total”, disse Winfred Williams, chefe associado da divisão de nefrologia do Mass.

Apesar do homem ainda se recuperar no hospital, e desde que não surjam complicações, Richard deve ser mandado para casa essa semana.

O rim foi geneticamente modificado para evitar infecções e rejeição pelo paciente. Foto: Mass General.

O rim foi geneticamente modificado para evitar infecções e rejeição pelo paciente. Foto: Mass General.

Assim que o transplante acabou, a sala foi tomada por aplausos. Foto: Michelle Rose (Mass General).

Assim que o transplante acabou, a sala foi tomada por aplausos. Foto: Michelle Rose (Mass General).

Com informações de NBC News.