Café treina e contrata pessoas com Down e autismo para trabalhar lá

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Por Karen Belém
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O café é servido com muita alegria por pessoas com Down ou autismo que lutam e sonham com a inclusão no mercado de trabalho. - Foto: reprodução/Instagram @cafejoyeux

Inclusão em cada xícara! Esse café em Nova York, nos Estados Unidos, contrata pessoas com autismo, distúrbios cognitivos e síndrome de Down, que têm muitas vezes dificuldade para conseguir emprego.

O Café Joyeux é uma organização sem fins lucrativos com a missão de incentivar outras empresas a empregarem neurodivergentes e mudar essa realidade.

Os funcionários trabalham como baristas, caixas, na cozinha e no serviço de sala. Eles são treinados para ganhar confiança, adquirir experiência e se sentirem completamente integrados ao trabalho.

É difícil conseguir um emprego…  

O café faz parte de uma rede francesa de restaurantes, que já é bem conhecida na Europa. Já são 20 unidades espalhadas pelo mundo.

Rachel Barcellona é uma das colaboradoras e disse que o café foi algo que mudou a vida dela.

Ela venceu o concurso Miss Flórida em 2023 e tem diploma universitário, mas ainda diz que “é muito difícil encontrar emprego”.

“Normalmente, as pessoas não nos contratam, não importa o quão qualificados ou superqualificados sejamos. Se você apenas disser ‘eu tenho autismo’ ou ‘eu tenho Síndrome de Down’, as pessoas não nos contratarão… somos apenas vistos como um fardo e isso não é justo.”

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“Queremos mostrar que somos incríveis”

Barcellona contou que já até foi contratada em outros lugares, mas não recebia salário ou recebia muito pouco.

“Ninguém nos paga porque acham que não valemos ou somos um fardo.”

Ela disse ter ficado em choque quando conseguiu o emprego no Joyeux e que seria paga.

“As pessoas que têm autismo são capazes de tudo”, disse Barcellona. “Queremos trabalhar. Queremos mostrar que somos incríveis”.

Habilidades desenvolvidas e incentivadas 

Shray Campbell é a gerente geral do café e adora a equipe.

“Venho trabalhar tentando provar meu valor para eles, em vez deles, em vez de eles se provarem para mim”, disse Campbell.

“Para mim, é como se eu estivesse sempre tentando definir metas para eles. Tipo, ok, o que você quer aprender a seguir? O que você quer fazer a seguir? E depois desse trabalho, para onde você quer ir?”

Os colaboradores do Joyeux também recebem apoio de especialistas em inclusão e terapeutas ocupacionais.

Rachel Barcellona tem autismo e faz parte da equipe do Café Joyeux. - Foto: reprodução/Instagram @rachelbarcellonaxo

Rachel Barcellona tem autismo e faz parte da equipe do Café Joyeux. – Foto: reprodução/Instagram @rachelbarcellonaxo

Com informações de ABC News