Homem que perdeu as mãos faz transplante duplo e recupera movimentos: “maior sonho”

A medicina mais uma vez fazendo o que antes parecia impossível! Graças a procedimentos de alta tecnologia, um homem que perdeu as mãos e as duas pernas há 17 anos, após um grave quadro de sepse, recuperou os movimentos graças a um transplante duplo.
Luka hoje sorri, aperta mãos e até digita no celular, e leva uma vida bem melhor…e cheia de sonhos novamente. O procedimento foi realizado na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde ele havia estudado Medicina.
“Recuperar as mãos depois de 17 anos, não acho que exista um sonho maior do que esse”, disse ele, emocionado.
Um passado difícil
Luka Kriszanac vivia na Suíça quando, aos 12 anos, teve uma infecção que se espalhou rapidamente. Os médicos foram obrigados a amputar as pernas e mãos para salvá-lo. Desde então, ele passou a usar próteses e a adaptar a rotina ao que era possível.
Mas próteses, por mais tecnológicas que sejam, nunca foram capazes de substituir a sensibilidade e a funcionalidade reais das mãos humanas. “Você realiza 1.001 atividades todos os dias com as mãos”, explicou o cirurgião L. Scott Levin, responsável por liderar a equipe médica da Universidade da Pensilvânia. “Próteses não conseguem simular isso.”
Após conhecer o programa de transplante de mão da universidade, Luka enxergou uma nova possibilidade. Desde 2018, passou a ser acompanhado por especialistas para avaliar se seria um bom candidato ao procedimento e aguardou, com paciência e preparo, por um doador compatível.
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A cirurgia histórica
A espera foi longa e ainda se estendeu por causa da pandemia, que atrasou procedimentos hospitalares em todo o mundo. Mas, em 2024, finalmente surgiu a oportunidade. O programa Gift of Life encontrou um doador ideal: não apenas com compatibilidade genética e sanguínea, mas também com cor de pele, idade e estrutura óssea semelhantes às de Luka.
A cirurgia começou no meio da madrugada e durou aproximadamente 10 horas. Enquanto uma equipe preparava Luka, outra cuidava do corpo do doador, na mesma sala de cirurgia.
Foi uma operação delicada e precisa, liderada por Levin e pelo cirurgião Benjamin Chang, ambos especialistas renomados em transplantes complexos.
Nova rotina
Desde a operação, Luka iniciou um processo intenso de reabilitação. E os resultados têm sido impressionantes.
Cada pequeno gesto é uma grande vitória.
Para Luka, ter os movimentos de volta representa liberdade, autonomia e dignidade.
Ele reconhece a importância do doador e emociona-se ao dizer que “mudou não apenas a minha vida, mas a vida da minha família para sempre”, agradeceu o paciente em entrevista ao Penn Today.
Maravilhoso, não é?

