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Brasileira cria aparelho que acelera a cicatrização de feridas em diabéticos; evita amputação

Monique de Carvalho
17 / 10 / 2025 às 09 : 47
A pesquisadora brasileira Suélia Rodrigues, da UnB (Universidade de Brasília) criou um aparelho que acelera a cicatrização de feridas em diabéticos e evita amputações. - Foto: UnB
A pesquisadora brasileira Suélia Rodrigues, da UnB (Universidade de Brasília) criou um aparelho que acelera a cicatrização de feridas em diabéticos e evita amputações. - Foto: UnB

A dor de ver o pai sofrendo por causa da diabetes se transformou em uma descoberta científica capaz de mudar vidas. A professora brasileira Suélia Rodrigues, da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu um aparelho que acelera a cicatrização de feridas e ajuda a evitar amputações, especialmente para pessoas com o chamado pé diabético, uma das complicações mais graves da doença.

O aparelho, batizado de “Rapha”, é resultado de quase duas décadas de pesquisa conduzidas pelo Grupo de Engenharia Biomédica da UnB, coordenado por Suélia e pelo pesquisador Adson Ferreira da Rocha. E ele está prestes a chegar aos hospitais e ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O Rapha já recebeu o selo de segurança do Inmetro e aguarda o registro da Anvisa, que permitirá sua produção em larga escala. “Ver meu pai sofrer com feridas que não cicatrizavam me fez perceber que era possível unir ciência e empatia. Eu queria que outras pessoas não precisassem passar por aquilo”, explicou a criadora Suélia Rodrigues, que também é integrante do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).

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Como o aparelho funciona

O Rapha combina duas inovações científicas: um curativo feito de látex natural, extraído da seringueira, e uma luz especial de LED. Juntos, esses elementos estimulam o corpo a se regenerar mais rapidamente e a fechar feridas de maneira mais eficiente.

O látex atua favorecendo a formação de novos vasos sanguíneos, enquanto a luz LED ativa as células da pele e acelera o processo de cicatrização. O uso é simples: após a limpeza da ferida, o profissional aplica a lâmina de látex sobre a região e posiciona o emissor de luz por aproximadamente 30 minutos.

Em seguida, o curativo permanece no local por 24 horas, sendo trocado diariamente conforme a orientação médica. A tecnologia permite que o tratamento seja feito de forma não invasiva e com baixo custo.

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Avanço científico e social

O projeto do aparelho que acelera a cicatrização de feridas une tecnologia, sensibilidade e ciência em uma solução acessível, que promete beneficiar milhares de pacientes em todo o país.

A fabricação do Rapha será feita pela empresa Life Care Medical, em São Paulo.

A iniciativa conta com apoio do Ministério da Saúde, CNPq, Capes, FAPDF, Finatec e de emendas parlamentares da deputada Erika Kokay (PT-DF) e da senadora Leila Barros (PDT-DF).

O objetivo é garantir que a tecnologia chegue aos hospitais públicos e beneficie principalmente pacientes com diabetes e feridas crônicas.

Lâmina de látex e equipamento móvel, componentes do Kit Rapha. - Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB
Lâmina de látex e equipamento móvel, componentes do Kit Rapha. – Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB
Suélia criou em Brasília o Rapha, aparelho que acelera a cicatrização de feridas em diabéticos. - Foto: UnB
Suélia criou em Brasília o Rapha, aparelho que acelera a cicatrização de feridas em diabéticos. – Foto: UnB
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