Técnica inovadora salva vida de jovem com 85% do corpo queimado em MG

Esperança brasileira. Uma técnica inovadora salvou a vida de um jovem de 24 anos que teve 85% do corpo queimado. Ele tinha chances baixíssimas de sobreviver, há 6 meses, quando foi vítima de uma explosão.
O método chamado Meek está sendo usado no Hospital João XXIII, em Minas Gerais, o primeiro do país a padronizar a técnica.
“O médico me disse que a chance dele sobreviver era baixíssima. Hoje, ver meu filho conversando e reagindo é um milagre. Só tenho a agradecer a Deus e à equipe do João XXIII”, disse a cuidadora de idosos Joice Maria de Santana, mãe do Kauã Oliveira.
Como aconteceu o acidente
Kauã foi vítima da explosão de um botijão de gás em abril deste ano, em Patos de Minas, após acender um cigarro próximo ao equipamento.
Ele foi levado ao hospital com 85% do corpo queimado, com quadro considerado gravíssimo.
Após atendimento inicial no Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), Kauã foi transferido para o João XXIII, referência estadual no atendimento a grandes queimados. Lá, recebeu um tratamento inovador que foi decisivo para sua recuperação
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Como é a técnica
O Meek é um equipamento que corta a pele do paciente em vários pedaços para ser fixada em curativos que se expandem, como uma “sanfona”, e aumentam em até nove vezes a capacidade de cobertura da pele.
“Com as técnicas tradicionais, a expansão da pele doadora era de até quatro vezes. Com o Meek, conseguimos multiplicar essa área, reduzir o número de cirurgias e acelerar o processo de reabilitação”, disse Kelly Araújo, coordenadora do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).
A técnica foi essencial para a cicatrização. “O Kauã chegou em estado muito grave, com queimaduras de terceiro grau em quase todo o corpo. A área sem queimadura era mínima. Com a tecnologia Meek, conseguimos expandir essa pequena área de pele não queimada, o que foi essencial para o processo de cicatrização da área afetada”, disse.
6 meses internado
Kauã foi tratado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital João XXIII (HJXXIII), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em Belo Horizonte.
Ao longo da internação de 6 meses, o jovem enfrentou momentos delicados, como infecções e complicações hepáticas. Além das cirurgias e enxertos, o trabalho de reabilitação foi essencial.
“Kauã perdeu muita massa muscular e ficou muito tempo acamado. Fomos trabalhando o controle de tronco, o equilíbrio e a força, sempre respeitando os limites dele. Quando ele conseguiu sair pela primeira vez para ver o sol, foi um momento simbólico. Ele ficou feliz e ainda mais motivado a continuar lutando”, contou o fisioterapeuta João Paulo Brito, que acompanha o paciente desde o início.
Espera pela alta
Ao ver o filho se recuperando, a mãe agradece: “Só dele estar vivo, já é uma grande vitória”, afirmou.
Agora a mãe, que acompanha o filho diariamente, conta os dias para a alta médica.
“Só quero levar meu filho pra casa e agradecer a todos aqui por tratarem ele com tanto carinho. Se não fosse o Meek e essa equipe maravilhosa, não sei se ele estaria aqui”, disse à Agência Minas.
    
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