Brasileiro doa medula óssea para salvar menino de 8 anos com leucemia, na França

Quando o amor atravessa fronteiras. O brasileiro Wallace de Oliveira Alves, de 31 anos, doou medula óssea para um menino de 8 anos que mora na França a e enfrenta o tratamento contra a leucemia, um tipo de câncer que afeta a produção de glóbulos brancos.
Atendente de vendas e morador de Minas Gerias, Wallace é doador de sangue e plaquetas desde os 18 anos. Em 2022, ele decidiu se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e agora está ajudando a salvar uma criança do outro lado do oceano, que ele sequer conhece.
A coleta aconteceu no Rio de Janeiro, em uma unidade autorizada pelo Ministério da Saúde. Depois da doação, Wallace voltou para Juiz de Fora, onde mora, comemorando o sucesso da ação e a chance de ajudar o menino a ter uma nova chance de vida pela frente.
Da compatibilidade à doação
Em agosto deste ano, Wallace recebeu uma ligação do Redome com a notícia sobre a possível compatibilidade com um paciente que precisava da medula. A resposta foi imediata. Ele realizou os primeiros exames em Juiz de Fora e, em seguida, foi encaminhado ao Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, para análises mais detalhadas.
A confirmação veio logo depois: ele era compatível com um menino francês de 8 anos diagnosticado com leucemia. Por questões de sigilo, o doador só pôde saber a idade e o país do receptor. Caso ambos queiram, será possível um contato direto entre eles daqui a 18 meses.
Wallace viajou ao Rio no dia 27 de outubro, foi internado na terça-feira, passou pela coleta na quarta-feira e recebeu alta na quinta. No dia seguinte, retornou a Juiz de Fora, onde foi recebido com cartazes e balões por amigos e familiares.
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Processo simples e apoio do SUS
De acordo com Wallace, o procedimento foi tranquilo e praticamente indolor. “O processo não é nada invasivo, e a dor é mínima perto da grandeza de salvar uma vida”, contou.
Todos os custos da viagem, hospedagem e alimentação foram custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para ele e para o acompanhante. Perguntado se vai continuar doando, ele confirmou; “Se aparecer outra compatibilidade, irei doar novamente sem pensar duas vezes”, afirmou ao G1.
Ele lembrou que, no caso da medula óssea, é preciso aguardar 90 dias para uma nova doação. Já para doar sangue isso pode ser feito a cada três meses.
Como se cadastrar
Qualquer pessoa entre 18 e 35 anos, em boas condições de saúde, pode se cadastrar como doadora de medula óssea.
O procedimento é simples e pode ser feito em qualquer unidade de centros credenciados em todos os estados do país.
Durante o cadastro, é feita uma pequena coleta de sangue para identificar o tipo genético (HLA), usado para combinar doadores com pacientes que necessitam de transplante.
Aí, pronto, você já está apto a salvar uma vida.
Linda atitude, Wallace!

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