Livro que resgata a luta da imprensa contra a ditadura será lançado 4a.feira

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Hoje fazer jornalismo investigativo, atuante, com denúncias e críticas a governos, políticos, magistrados e empresários é relativamente simples, se comparado ao que viveram os colegas jornalistas que trabalhavam na imprensa na época da ditadura.
Mais do que fontes e profissionalismo era preciso ter muita criatividade para contar a verdade das notícias nas entrelinhas, para não sofrer represálias nem ser torturado.
Na próxima quarta-feira será lançado um livro que resgata parte dessa história obscura, tirana e vergonhosa.
“As Capas desta história” traz mais de 300 capas de jornais produzidos pela imprensa alternativa, clandestina, que se opôs ao regime ditatorial, entre 1964, ano do golpe, e 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia.
O livro mostra ainda capas de jornais considerados precursores das publicações dos anos de chumbo, com imagens que rodaram no exílio, em países como Chile, México, Suécia, Itália, França, Portugal e Argélia.
Na próxima quarta-feira será lançado um livro que resgata parte dessa história obscura, tirana e vergonhosa.
“As Capas desta história” traz mais de 300 capas de jornais produzidos pela imprensa alternativa, clandestina, que se opôs ao regime ditatorial, entre 1964, ano do golpe, e 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia.
O livro mostra ainda capas de jornais considerados precursores das publicações dos anos de chumbo, com imagens que rodaram no exílio, em países como Chile, México, Suécia, Itália, França, Portugal e Argélia.

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Na seção dedicada aos clandestinos há publicações das principais tendências da esquerda que atuaram durante a ditadura, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, que editou O Guerrilheiro, e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), de Carlos Lamarca, que produzia o Palmares.
Aparecem nesta parte da obra jornais dos PCs (PCB e PCdoB), de organizações trotskistas e de grupos ligados à Igreja Católica.
A obra tem também capas de jornais do movimento operário, estudantil (O Movimento), da imprensa satírica (Pif-Paf), experimentos literários, além de publicações ligadas às causas ambiental, gay e negra.

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“As Capas desta história” resgata periódicos feitos por exilados, inéditos no Brasil, e capas de jornais mais conhecidos, como Pasquim, Opinião e o Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
E mostra ainda o Correio Braziliense, que era editado em Londres, já que a corte portuguesa proibia a produção de jornais no Brasil.
O livro faz parte do projeto Resistir é Preciso…, do Instituto Vladimir Herzog, que tenta manter viva na memória dos brasileiros a luta da imprensa durante a ditadura, momento em que centenas de profissionais do meio foram presos, torturados e assassinados.
Serviço:
As Capas desta história
Lançamento:
Dia 14/3, 19h
Restaurante Carpe Diem
104 SUL
Brasília