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Dom Helder Camara: profeta da justiça e da paz

Rinaldo de Oliveira
18 / 05 / 2012 às 00 : 00
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Por Andréa Fassina
Dom Helder Camara, profeta, peregrino da justiça e da paz.
Esse é o  título do livro do nosso amigo, Padre Edvaldo Araújo, resultado da tese de doutorado, que será lançado em na Saraiva Megastore de Campinas.
O livro tem como objetivo resgatar a memória sobre Dom Helder, percorrendo sua vida, suas obras, seus pensamentos, seus ideais e suas lutas.
Dom Helder Camara é considerado um dos grandes protagonistas da Igreja católica no século XX, e como poucos marcou o cenário brasileiro e mundial.
Seu protagonismo foi construído por meio da luta pela justiça social e pala paz, inspirada nos princípios do cristianismo.
Por meio da não violência ativa mostrou a necessidade de promover revoluções com propostas concretas para transformar as estruturas e possibilitar uma vida humana mais digna para todos, construindo uma nova sociedade, mais justa e mais humana.
Dom Helder, lutando pela justiça e pela paz, destacou-se na defesa dos direitos humanos, sendo considerado o “apóstolo da não violência” e “advogado do terceiro mundo”.
Lutando pela justiça, ele se fez a voz dos que não tem voz.
Como forma de reconhecimento pelo seu trabalho pela justiça e paz, Dom Helder recebeu o título de cidadão honorário em 30 cidades; 14 prêmios por sua atuação pela paz: quatro indicações para o Prêmio Nobel da Paz; recebeu 32 títulos de Doctor Honoris Causa, sendo 18 no exterior e 14 no Brasil.
Para Edvaldo Araújo, autor do livro e professor da puc-campinas, nas faculdades de filosofia e de Teologia, escrever sobre dom Helder Camara significa,  recordar um dos grandes personagens da história da humanidade, que lutaram através da não-violência ativa (ou como Helder definia: violência dos pacíficos) por um mundo mais humano e justo.
Segundo ele, é recordar de que somos capazaes de sonhar por um mundo melhor. Os sonhos-utopia (ainda não, mas possível) impulsionam a nossa vida, alguns não se realizaram, outros talvez não se realizem, mas é sempre bom tê-los.
E continua: é recordar as avenidas e praças cheias (anistia, diretas já, etc..) de gente apaixonada e segura de dar um sentido a própria vida, talvez com um pouco de presunção de transformar e revolucionar o mundo (na época achávamos que até a data estava marcada), mas podemos contar hoje sem remorso que buscamos o que era justo.
“Sei que isso são coisas do século passado, mas quero acreditar que essa geração não perdeu, embora, às vezes bate o sentimento que faço parte de uma raça em extinção”, desabafa.
E nos deixa dois pensamentos de Dom Helder –
“Só homens que realizam em si a unidade interior, só homens de visão planetária e de coração universal serão instrumentos válidos para o milagre de ser violentos como os Profetas, verdadeiros como o Cristo, revolucionários como o Evangelho, sem ferir o amor”.
 
“Não basta lutar pelos pobres, morrer pelos pobres: há que ‘conscientizar’ aos pobres de seus direitos e de sua miséria. É necessário que as massas compreendam a urgência de libertar-se e não de ser libertadas por uns poucos idealistas que enfrentam à tortura, como os cristãos enfrentavam aos leões no Coliseu. Deixar-se comer pelos leões serve muito pouco, se as massas seguem sentadas contemplando o espetáculo”.
 
DOM HELDER CAMARA – Profeta – peregrino da justiça e da paz
Autor: Edvaldo M. Araújo
Editora: Ideias&Letras
Páginas: 616
Ano: 2011 

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