4 cegos voltam a enxergar: implante de olho biônico

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Por Bruno M.
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Foto: CBSNews


Foto: Mike Householder / AP Photo

Um homem cego em decorrência de uma retinite pigmentosa- conjunto de doenças hereditárias que causam a degeneração da retina – está reaprendendo a enxergar após anos de cegueira completa.
Ele foi um dos quatro pacientes da Universidade de Michigan a receber um olho biônico.
A FDA, agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, aprovou a retina artificial no ano passado, como adiantamos no SóNotíciaBoa.
Roger Pontz (foto acima) – que trabalha em uma fábrica nos EUA – recebeu o implante em janeiro e, desde então, vem se adaptando a enxergar pequenos detalhes novamente.
“Isso não tem preço. Vale muito. Vale tudo para voltar a enxergar novamente”, disse Pontz ao “Telegraph”.
“É excitante, emocionante. Vejo algo novo todo dia.
Com 55 anos, Pontz passou anos da vida cego, já que a retinite pigmentosa causou a perda gradual das células de sua retina sensíveis à luz, chamadas bastonetes e cones.
Como funciona
Para voltar a enxergar, ele teve a retina artificial implantada em seu olho esquerdo e utiliza um óculos com uma pequena câmera de vídeo e um transmissor.
As imagens da câmera são convertidas em uma série de impulsos elétricos, que são transmitidos aos eletrodos existentes na superfície da retina artificial.
Os impulsos do olho biônica estimulam as células saudáveis da retina, que transmitem o sinal para o nervo ótico.
Essa informação visual passa, então, para o cérebro, onde é traduzida em padrões de luz que podem ser reconhecidos e interpretados.
O mecanismo possibilita que o paciente recupere apenas alguma informação visual, mas pode mudar a vida de pacientes que sofrem da doença.
Isso é uma grande mudança no sentido de alguém que perde toda a visão, e agora tem um tratamento que pode lhe dar uma visão rudimentar”, comemorou Thiran Jayasundera, um dos médico responsáveis pelo implante realizado no Centro Kellogg de Visão da Universidade do Michigan.
Com informações do Telegraph e o Globo.