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Ebola: remédio salva médico dos EUA

Rinaldo de Oliveira
06 / 08 / 2014 às 00 : 00

Foto: reprodução AFP
Um “soro secreto”, ainda em fase de testes nos EUA, acendeu as esperanças para a cura do ebola, doença que já matou cerca de 887 pessoas na África .
O médico Kent Brantly (foto acima) e a missionária Nancy Writebol, ambos americanos, melhoraram depois de terem recebido uma droga experimental chamada ZMapp, produzida por uma pequena empresa da Califórnia, para combater a doença mortal.

O soro
Segundo a imprensa americana, os Institutos Nacionais de Saúde entraram em contato com o grupo Samaritan”s Purse e ofereceram o tratamento experimental conhecido como ZMapp.

O composto é desenvolvido pela empresa de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical, e os pacientes foram informados que o tratamento ainda não tinha sido experimentado em humanos e que testes promissores foram feitos em macacos.

Segundo a companhia, quatro macacos infectados com ebola sobreviveram após o tratamento, antes que completar 24h de infecção. 

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Dois outros, que começaram a receber o tratamento nas 48h horas depois da infecção, também sobreviveram. Um macaco que não recebeu o tratamento morreu cinco dias depois de ter sido exposto ao vírus.

A Mapp informou que o composto é um anticorpo monoclonal obtido de ratos expostos a fragmentos do vírus de ebola. 
Os anticorpos gerados no sangue dos ratos foram colhidos para criar o remédio que, supostamente, funciona impedindo que o vírus entre e infecte novas células.

Os estudos
Embora ainda não tenha ocorrido uma explicação oficial sobre o soro usado, William Schaffner, professor de medicina preventiva e doenças infecciosas no Centro Médico da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, disse que os métodos para combater o ebola que são estudados contêm anticorpos do vírus.

“Há uma longa tradição de uso do soro de imunidade como tratamento. Administram anticorpos ao paciente e espera-se que eles ataquem o vírus e interfiram na multiplicação”, afirmou Schaffner em declarações para o site “Live Science”.

A melhora

O médico Kent Brantly e a enfermeira Nancy Writebol desenvolveram os sintomas do ebola – febre, vômitos e diarreia – e exames de sangue confirmaram que ambos estavam infectados no final de julho.

Fontes da rede CNN disseram que Brantly recebeu o ZMapp pouco depois de dizer a seus médicos, ainda na África, que achava que iria morrer.

Cerca de uma hora depois de tomar o medicamento seus sintomas teriam melhorado consideravelmente.

Ainda de acordo com a CNN, Nancy teria tomado duas doses do remédio e também teria tido melhora significativa.

O ZMapp nunca havia sido testado em humanos, mas apresentou resultados considerados animadores em testes com macacos.

Volta aos EUA

Brantley, de 33 anos, deixou a Libéria no último sábado a bordo de um avião privado equipado com um compartimento isolado.

Ele teria descido do avião caminhando, o que comprova sua melhora.

O médico foi internado no Hospital da Universidade Emory.

De acordo com a rede de televisão “NBC”, Nancy chegou hoje a Atlanta e ficará internada no mesmo hospital.

Em comunicado, o hospital informou que está bem equipado para manter o isolamento dos pacientes com ebola e “a unidade foi montada em parceria com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para o tratamento de pacientes expostos a doenças infecciosas graves”.

O surto de ebola é o maior registrado até agora, com mais de 1.300 casos confirmados e, pelo menos, 730 mortes em Serra Leoa, Guiné e Libéria.

Com informações da Exame e G1

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