Agência transforma sem-teto em guias turísticos

Fotos: BBC
Veja como é possível mudar a realidade dos sem-teto das grandes cidades.
Uma agência de turismo está transformando moradores de rua em guias turísticos.
A experiência, inspirada em um programa social inglês, agora chegou à Espanha e tem dado certo.
A agência Barcelona Hidden City Tours, treina e reinsere essas pessoas marginalizadas no mercado de trabalho. (foto acima)
O projeto de Barcelona começou há quase um ano e hoje tem sete guias que orientam turistas estrangeiros, nos idiomas inglês, alemão e francês. É pouco, mas já é um início.
Roteiro
Alguns pontos do roteiro estão fora do circuito turístico tradicional, mas o que mais marca o trabalho dos guias é a maneira como apresentam esses locais: uma mistura de história e cultura local com relatos de experiências pessoais.
De Chef a morador de rua
“Quem nos procura não quer saber, por exemplo, a diferença entre o Gótico barcelonês e o Gótico francês, essa informação está na web e na biblioteca. Aqui a história é contada a partir do coração. Fazemos turismo responsável”, explica um dos guias, Ramón Holgado, 64 anos. (forro acima)
Holgado foi chef de cozinha durante mais de 20 anos em Nova York, mas virou morador de rua quando voltou a Barcelona. Diz que teve problemas financeiros e familiares.
Sobre essa experiência, ele resume que cair é fácil, difícil é se levantar. “Mas eu sou uma pessoa que está acostumada a levantar-se sempre”, afirma.
Longe dos fogões, Holgado garante que está desfrutando da experiência como guia turístico. “Gosto do contato com as pessoas, sempre trabalhei com muita gente quando fui chef”, lembra ele, que afirma que teve contato com muitos artistas e políticos em Nova York.
O trabalho como guia, para ele, é “um intercâmbio de pessoas e de emoções”.
Durante o trajeto pela parte antiga de Barcelona, Holgado explica fatos históricos e a arte local e, por outro lado, reconhece que a região também “tem prostituição e drogas, como toda grande cidade do mundo”. “Mostramos a realidade, sem decepcionar a ninguém”, explica.
De tradutor a sem-teto
O tradutor José Martín, 41 anos, foi um dos milhares de espanhóis afetados pela crise econômica pela qual passa o país. Perdeu o emprego e o apartamento onde vivia e dormiu na rua por 22 dias.
“É muito duro porque, de um lado, você se torna invisível, mas, por outro lado, é uma experiência humana incrível, porque encontra em desconhecidos um apoio mútuo que não se vê fora desse mundo”, relata.
“Queremos mudar o mundo, não para os guias, mas para as pessoas que os veem”, Lisa Grace, coordenadora do projeto.
Em Barcelona, estima-se que mais de 3 mil pessoas dormem nas ruas.

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