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Cresce empresa que troca tempo por serviços

Rinaldo de Oliveira
13 / 07 / 2015 às 00 : 00

Foto: Bliive/reprodução
Uma empresa brasileira, que se especializou em trocar tempo por serviços, avança rumo ao mercado europeu.
A plataforma digital abriu recentemente um escritório em Londres, com auxílio do Sirius, um programa britânico de aceleração de start-ups inovadoras pelo mundo.
O Bliive (trocadilho com “believe” – acreditar, em inglês) é uma rede colaborativa que tem quase 100 mil usuários, em pouco mais de dois anos de atividades.
Lá dá para trocar serviços – como aulas de violão, reparos de ar-condicionado e até leituras de tarô –  sem pagar.

Para cada hora de serviços prestados, o usuário ganha cinco “moedas”, ou um TimeMoney. Com ele você pode “comprar” outros serviços.

A empresa leva o conceito de economia compartilhada e cria um novo canal entre oferta e demanda de serviços, fora do circuito do dinheiro convencional.

“Usamos talentos e valores para criar um mundo de maior colaboração e menos competição, mais focado nos valores das pessoas, e não apenas no valor do dinheiro”, afirma.

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Europa
A empresa foi criada pela baiana Lorrana Scarpioni, 24 anos, recém-formada em Direito e Relações Públicas.

A CEO do Bliive também aponta oportunidades em países como Grécia e Espanha, em que o desemprego é alto entre jovens e há mais escassez de euros para bancar serviços.

“Essas transferências sem dinheiro envolvido podem ser uma ótima alternativa para manter as pessoas em aperfeiçoamento permanente. Vemos muitas pessoas que se formaram em bons cursos, mas estão sem emprego”, avalia 
Lorrana.

Trocando serviços
A vendedora Maritza Rebouças esticou a jornada de trabalho noite adentro. Do seu apartamento do Jardim Santa Inês, em São Paulo, ela está ensinando técnicas de respiração via Skype a uma pessoa que acabou de conhecer na internet.

Comerciante durante o dia, ela encara a noite como uma instrutora de respiração, ajudando pessoas a lidar com problemas como ansiedade e estresse.

Maritza tem formação profissional em yoga e poderia cobrar até R$ 150 por sessão – e provavelmente não teria dificuldades em encontrar clientes.

Mas ela está recebendo pagamentos em TimeMoney e já acumulou quase 40 horas de serviços válidos no Bliive, que a ajudaram a criar seu próprio site sobre técnicas de respiração.

Prêmio
Hoje mais de 90 mil serviços estão em oferta no site, o que torna o Bliive maior do que outros sites baseados na economia do escambo, como Swapaskill.com, BabySitter Exchange e ChoreSwap.

No caso do Bliive, que não vende publicidade e oferece o serviço de forma gratuita, a maior parte dos fundos até agora veio de investidores atraídos pelo potencial da empresa.

“Podemos conectar as empresas com seus próprios talentos”, completa a empresária, eleita em 2014 pela revista de inovação MIT (Massachusetts Institute of Technology) um dos dez brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos.

Com informações da BBC

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