5 brasileiros ganham concurso de redação da ONU

Foto: Rádio ONU
Cinco brasileiros ganharam o concurso de redação da ONU ‘Várias Línguas, Um Mundo’
A competição – organizada pelas Nações Unidas e pela rede de ensino de idiomas ELS – escolheu 70 candidatos de 42 nações com os melhores textos sobre desenvolvimento sustentável, redigidos em um idioma oficial das Nações Unidas, diferente de sua língua materna.
Cinco brasileiros se destacaram entre os 1,2 mil candidatos, que deveriam enviar seus textos em uma das cinco línguas oficiais da ONU – árabe, chinês, espanhol, inglês, francês e russo – diferentes da sua língua materna.
Eles se encontraram na sede da ONU em Nova York na semana passada para o Fórum Global da Juventude.
O desafio era escrever uma redação sobre a nova agenda global de desenvolvimento sustentável, mas os candidatos não podiam escrever os textos em sua língua materna.
Brasileiros
Cinco brasileiros estão entre o grupo de 70 jovens que apresentaram as melhores redações.
Em Nova York, durante a cerimônia na Assembleia Geral, a estudante Fernanda Vilar explicou à Rádio ONU o conteúdo do seu texto, escrito em francês.
“No meu ensaio, eu propus uma visão do mundo voltada para uma filosofia veganista e com muito mais feminismo para proteger os direitos das mulheres. Como o problema da alimentação está no centro dos interesses hoje em dia, com tantas indústrias sendo denunciadas por práticas abusivas de animais e também de pesticidas e transgênicos, é fundamental pensar na comida e em como produzir de uma maneira ética. Produzimos tanto e tanta gente está passando fome, este é um tema central para ser debatido”, explicou Fernanda, que faz doutorado na Universidade Nanterre, em Paris.
Outro estudante de doutorado brasileiro também venceu o concurso. Jefferson Viana é aluno da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e escreveu a redação em espanhol.
“O multilinguismo é interessante porque a despeito de existirem expressões diferentes, existirem maneiras de pensar diferentes, me parecem que coincidem os grandes problemas da humanidade. Fome, desigualdade, falta de participação popular nas decisões políticas. O multilinguismo permite enxergar mais claramente ainda os principais problemas do mundo.”
Os outros brasileiros que tiveram seus trabalhos escolhidos são:
Aline Moniela, de Taubaté, que escreveu sobre melhorias nas leis migratórias e na educação da diversidade para a promoção de mais harmonia e menos preconceito.
Lucas Cotosck Lara, de Belo Horizonte, que propôs um pensamento crítico nas escolas para que as pessoas possam compreender melhor as causas da fome e suas consequências.
E Thaun dos Santos, do Rio de Janeiro, que abordou a necessidade de dar prioridade às questões políticas e sociais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Com informações da ONU