Folhas de livro filtram água contaminada

Fotos: WaterIsLife/Kristine Brender
Imagine um livro cujas páginas podem ser arrancadas e transformadas em filtro para limpar água.
O “livro bebível”, feito de papel tratado passou no teste feito por pesquisadores americanos.
As páginas têm nanopartículas de prata ou cobre, que matam mais de 99% das bactérias, à medida que a água passa pelas páginas.
O livro traz informações impressas nas páginas sobre como e porque a água deve ser filtrada.
Testes
Os cientistas fizeram testes em 25 fontes de água contaminadas espalhadas por África do Sul, Gana e Bangladesh. Nos testes, o papel conseguiu remover mais de 99% das bactérias.
Após as filtragens, a água ficou com um nível de contaminação parecido ao da água que sai das torneiras nos Estados Unidos, segundo os cientistas.
Também foram detectados níveis minúsculos de prata ou cobre na água filtrada, mas dentro do considerado seguro.
Os resultados da experiência foram apresentados no 250º Encontro da Sociedade Americana de Química, em Boston, nos Estados Unidos.
Teri Dankovich, pesquisadora em pós-doutorado da Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh, desenvolveu e testou a tecnologia durante vários anos, trabalhando com a Universidade McGill, no Canadá, e, depois, com a Universidade da Virgínia.
100 litros por página
“(O livro) É voltado às comunidades de países em desenvolvimento”, disse Dankovich à BBC, acrescentando que 663 milhões de pessoas no mundo todo não têm acesso a água potável.
“Tudo o que você precisa fazer é arrancar uma folha, colocar em um suporte para filtro comum e despejar água de rios, riachos, poços etc, e, do outro lado, vai sair água limpa – e bactérias mortas também.”
Isso porque as bactérias absorvem os íons de prata, ou cobre, enquanto atravessam o papel.
Um livro inteiro pode fornecer água limpa por quatro anos.
Vendas
Depois desses dois primeiros estágios de testes – no laboratório e em países da África e Ásia -, a equipe terá de desenvolver um “projeto de produto que possa ser comercializado” para um dispositivo no qual as páginas do “livro bebível” possam ser encaixadas.
Mas, há um problema, segundo Lantagne: o papel parece matar bactérias, mas ainda não se sabe se pode matar outros microorganismos perigosos.
“Quero ver os resultados para protozoários e vírus. É promissor, mas não vai salvar o mundo amanhã. Eles completaram uma fase importante e há mais (fases) para enfrentar”, disse.
Para Kyle Doudrick, da Universidade de Notre Dame, no Estado americano de Indiana, os resultados dos testes são animadores.
“Em geral, de todas as tecnologias disponíveis – filtros de cerâmica, esterilização com raios UV e assim por diante – esta é promissora, pois é barata e é uma ideia cativante”, disse.
Com informações da BBC

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