Remédio barato contra asma mostra eficácia pra tratar Alzheimer

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Por Só Notícia Boa
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Foto: pixabay

Um novo estudo mostrou que um medicamento barato contra asma pode ser eficaz e ter resposta rápida no tratamento do Alzheimer.

A informação foi publicada na Medicalxpress numa pesquisa da Universidade de Lancaster, na Inglaterra.

A pesquisa, feita inicialmente em ratos, mostra que o remédio é eficaz na redução do acúmulo de fibras insolúveis da proteína tau, encontrada no cérebro de pessoas com a doença.

Essas fibras microscópicas se acumulam em emaranhados neurofibrilares e podem causar desestabilização dos neurônios e morte de células cerebrais, característica da progressão da doença.

“O salbutamol já passou por extensas revisões de segurança e, se pesquisas posteriores revelarem uma capacidade de impedir a progressão da doença de Alzheimer em modelos celulares e animais, esse medicamento poderá oferecer um passo adiante, reduzindo drasticamente o custo e o tempo associados ao desenvolvimento típico de medicamentos”, disse David Townsend, principal autor da pesquisa.

Agora é preciso verificar a dosagem.

Os pesquisadores dizem que os inaladores atuais de asma resultam em apenas uma pequena quantidade de salbutamol atingindo o cérebro. Por isso, se outras pesquisas forem bem-sucedidas, também será necessário desenvolver um novo método de administração.

O remédio

O estudo descobriu quatro drogas atuais como possíveis candidatas para prevenir a formação de fibrilas tau.

Por ser facilmente ingerido, absorvido pelo cérebro e permanecer no corpo por várias horas, o salbutamol foi a droga que mostrou mais potencial para um novo tratamento contra o Alzheimer.

Futuro

Animados, porém cautelosos, os cientistas dizem que as pesquisas estão apenas começando.

“Este trabalho está nos estágios iniciais e estamos longe de saber se o salbutamol será ou não eficaz no tratamento da pessoas com Alzheimer. Nossos resultados justificam mais testes de salbutamol e drogas similares em animais e eventualmente, se bem-sucedidos, em ensaios clínicos”, disse David Middleton, co-autor da pesquisa.

Com informações do MedicalXpress e Extra