Psicólogo que ficou tetraplégico vai lançar livro para ajudar outras pessoas

Da sua experiência de vida marcada por muita dor e sofrimento, o psicólogo paraibano Levi Wenceslau, 37, tirou as lições para aprender a viver com a sua deficiência física. A notícia boa é que, agora, ele pretende ajudar outras pessoas que passam por situações semelhantes à dele.
Para isso, está escrevendo o livro “Manual de Sobrevivência do Deficiente”, que ele pretende lançar ainda este ano.
O livro é voltado para pessoas com deficiência, cuidadores e profissionais da área de saúde. Nele, Levi fala sobre processos de adaptação, reabilitações e tratamentos, além de ensinar onde e como buscar recursos para o tratamento de deficiências na saúde pública.
“Decidi escrever esse livro para auxiliar pessoas em situação como a minha, para que não sejam pegas de surpresa, como eu fui”, explica Levi que, quando não está escrevendo, faz atendimento on-line e viu a procura por terapia crescendo durante a pandemia.
O acidente
Levi foi vítima de um grave acidente automobilístico no dia do aniversário de 23 anos. Sofreu uma fratura na quarta vértebra cervical que o deixou tetraplégico.
Ele passou três meses internado, respirando por meio de aparelhos, revezando entre internações e altas médicas. Como consequência da tragédia, Levi teve depressão e viu seu corpo de 1,70m sustentar apenas 35kg.
“Em uma situação de extrema dor e impotência, achei que fosse morrer e até desejei que isso acontecesse logo”, conta em seu primeiro livro autobiográfico Cadeira Elétrica, Memórias de quem sobreviveu.
Superação
Em meio à dor e tristeza, Levi reaprendeu a viver, agora, com as limitações da deficiência locomotora.
Ele viu nos estudos uma forma de voltar a ter autonomia e de se ressocializar.
Por meio de um amigo, Levi conheceu as bolsas de estudo do Educa Mais Brasil e cogitou a possibilidade de se matricular no curso de Psicologia. “Eu já estava desistindo, mas fui aprovado com uma bolsa de 50% de desconto”, comenta, lembrando que, na época, se mantinha com um salário-mínimo.
A virada
Para ele, o retorno aos estudos foi uma forma de retomar a interação social.
A necessidade de sair de casa diariamente para ir à faculdade ajudou Levi a sentir-se vivo novamente.
O que, no começo, era apenas uma ocupação para amenizar o sofrimento virou sua atividade profissional.
“Hoje, tenho maior capacidade de me colocar no lugar do outro. A experiência traumática nos torna mais empáticos”, avalia o psicólogo que concluiu especialização na sua área e é autor de dois livros, uma autobiografia e uma publicação de crônicas.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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