Brasil é ouro, agora na Olimpíada de Física, com jovem de 17 anos

É ouro, mas não em Tóquio! O brasileiro Caio Augusto Siqueira ganhou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, considerada a mãe de todas as competições científicas.
Caio é natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo e morador de Santo André, no ABC paulista.
Ele conta que precisou adaptar o método de estudo durante a pandemia e algumas vezes chegou a estudar 16 horas por dia, e passou a recorrer aos professores por WhatsApp.
O jovem brasileiro disse que gosta de ciências exatas desde criança e chegou a ficar dividido entre a matéria na qual ganhou o ouro e a matemática.
“Comecei a perceber que, com a física, além de eu conseguir entender um pouco mais, sentia mais prazer. Sabe quando você está estudando alguma coisa e você não entende, só que tem prazer de querer compreender o que está rolando? Eu sentia isso na física”, explica.
O campeão
Ele quis fazer o ensino médio no Colégio Objetivo de Santo André, responsável por outras duas medalhas douradas brasileiras na Olimpíada, em 2011 e 2012.
Já no 1º ano, o jovem levou o ouro na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências.
“Na comunidade de olimpíadas científicas, ele foi nosso Italo Ferreira”, diz, empolgado, Ronaldo Fogo, professor-orientador nos Cursos Especiais de Física do Objetivo, comparando Caio ao surfista que conquistou o pódio nesta terça-feira, 27.
A preparação
O estudante brasileiro aproveitou sua facilidade na matéria para se dedicar exclusivamente a ela. Ele conta que estudou com livros do ensino superior e em outros idiomas.
Antes da pandemia, era comum encontrá-lo na escola estudando até tarde da noite obras em inglês, russo e francês.
No início, o período em casa foi de tristeza e insatisfação. O jovem falou que a solidão bateu e os estudos o ajudaram a melhorar.
“Depois de um tempo, senti o prazer de estar sozinho, estudando no meu canto. No fim, até acho que foi melhor pra mim.”
O jovem, que se define como extrovertido e fechado ao mesmo tempo, diz que não se vê como o mais esperto em uma sala, mas sim como aquele que mais vai correr atrás e tentar melhorar.
E é isso que o medalhista de ouro precisa fazer com geografia, a matéria que menos gosta, para passar de ano. Afinal de contas, o ano escolar ainda não acabou.
O ouro
A disciplina rendeu o ouro na Olimpíada, realizada remotamente entre 17 e 24 de julho.
A delegação brasileira se reuniu em Campina Grande (PB) para fazer a prova, monitorada por um júri lituano.
Ao todo, foram 380 estudantes de 76 países.
Durante cinco horas, os competidores tiveram que demonstrar seus conhecimentos de física moderna e mecânica quântica, na prova teórica, e de eletricidade e comportamento de dispositivos eletrônicos, na prova experimental.
“A prova é desenhada perfeitamente para você não entender o que está acontecendo”, disse Caio.
Ele conta que demorou 1h30 só para ler os exercícios.
Sobre o futuro, Caio não descarta a possibilidade de fazer graduação no Brasil, mas diz que seu sonho é estudar fora do país.
No momento, ele pensa em cursar ciências da computação.
Com informações de OTempo

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