Brasileiros criam talas de bagaço para substituir gesso: viram fertilizantes

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Por Andréa Fassina
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A empresa do RN pretende agora expandir para o mercado internacional Foto: Divulgação

Brasileiros estão produzindo talas biodegradáveis que reduzem em até 17 por cento o tempo de imobilização e tratamento de membros fraturados.

A empresa do Rio Grande do Norte, chamada Fix It, é especializada em impressão 3D e produz desde 2015 próteses ortopédicas, neurológicas e reumatológicas a partir de ácido poliático, feito de cana-de-açúcar, milho e bagaço de berraba.

Além disso, graças ao design, o material é adaptável à anatomia de cada paciente.

Competição

A Fix It nasceu de uma competição na Incubadora Empreende da Universidade Potiguar e ganhou destaque no Brasil, já se preparando para uma expansão internacional.

As soluções Fix It são fabricadas por meio da tecnologia de impressão 3D e substituem as tradicionais órteses de gesso.

Além de muito resistentes, elas são  são impermeáveis, antialérgicas e a limpeza das órteses é mais prática e simples.

Outra vantagem é que elas são ventiladas e, desta forma, os pacientes podem sentir mais conforto e liberdade durante o tempo de tratamento, o que gera um processo de recuperação mais tranquilo.

Ou seja, o paciente não tem que passar pelo desconforto dos imobilizadores de gesso tradicionais que provocam coceira, calor, peso e inodoro.

Fertilizante

As órteses Fix it também podem ajudar a reduzir o lixo hospitalar. O produto é compostável e se torna fertilizante.

Após a conclusão do tratamento, o paciente pode entregar a solução em um dos consultórios do Fix It e cuidar do próximo processo.

Elas Duram até três anos e podem ser remodeladas em média até 4 vezes desde a aplicação inicial.

Ajustá-las é muito fácil e leva no máximo 5 minutos.

Expansão

A Fix It mudou para um modelo de franquia para chegar a todo Brasil, além de ampliar a produção para todos os tamanhos e modelos possíveis, de acordo com a necessidade do público.

Dessa forma, as próteses se tornaram uma excelente alternativa para substituir o gesso.

Segundo Felipe Neves, cofundador da empresa, houve uma mudança do negócio “para torná-lo mais acessível e tornar toda a cadeia de distribuição mais sustentável, incluindo a forma de vender. Reduzimos consideravelmente o transporte de produtos e o consumo de combustíveis fósseis”.

Com informações da Nation