Os pacientes com Parkinson aqui no Brasil ganharão mais um reforço contra a doença. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), anunciou a utilização de uma tecnologia que fabricará o medicamento Pramipexol, uma terapia que ajuda a estabilizar a evolução do problema de saúde nos pacientes.
A novidade é fruto da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim.
O diretor do Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Mendonça, disse que a parceira trouxe benefícios como a incorporação da tecnologia, incluindo a produção nacional do insumo farmacêutico ativo (IFA), e a ampliação do acesso a um tratamento de ponta para usuários do SUS.
“O medicamento oferece benefícios ao paciente, uma vez que estabiliza a doença e propicia melhor qualidade de vida”, explicou Jorge.
“Por outro lado, a nacionalização deste IFA por uma farmoquímica nacional garante o fornecimento de um produto de qualidade, seguindo as regras sanitárias da Anvisa, fortalecendo nossa capacidade de absorção de tecnologias e gerando emprego e mão de obra qualificada no Brasil”, disse o diretor.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa para pacientes com Parkinson no Brasil é de mais de 200 mil pessoas.
Para este ano, a demanda interna do Pramipexol é de 30 milhões de comprimidos, nas concentrações de 0,125 miligramas (mg), 0,250mg e 1mg.
A parceria
Desde o início da PDP, firmada há 8 anos, mais de 120 milhões de comprimidos do medicamento foram entregues ao Sistema Único de Saúde (SUS). Esse primeiro “lote” foi inteiramente fabricado pela farmacêutica alemã.
A participação brasileira, feita pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz, o Farmanguinhos, iniciou apenas em 2018.
A equipe envolvida no projeto conseguiu, até o momento, entregar 97,2 milhões de unidades ao SUS.
Com informações de Agência Brasil