Jogadora da Nigéria na Copa é bióloga e pesquisa cura para câncer infantil

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Por Vitor Guerra
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A jogadora da Nigéria Michelle Alozie brilha dentro e fora de campo, ela também é pesquisadora contra o câncer infantil. - Foto: Reprodução/Michelle Alozie e Vanguard.

A jogadora da Nigéria na Copa do Mundo Feminina de Futebol 2023, tem uma outra profissão: ela é pesquisadora em um hospital e trabalha para descobrir a cura contra o câncer infantil.

Ela, que é zagueira, fica meio período impedindo que as adversárias façam gol, e no outro, ela tenta marcar um golaço em busca de salvar a vida de milhares de crianças. Michelle Alozie é filha de nigerianos e nasceu na Califórnia, Estados Unidos.

Bióloga pela Universidade de Yale, uma das mais renomadas do país, ela assume que no início, teve dificuldade em equilibrar as profissões. Agora, ela se complementa nas duas carreiras. “Honestamente, apenas crescendo como atletas, aprendemos a nos equilibrar muito jovens na vida. Foi fácil depois de um tempo”, disse.

Amor pela medicina

Ela adora gastar horas com as pesquisas médicas, lendo dados e conduzindo estudos no campo da leucemia infantil.

De manhã, Michelle é defensora do Super Falcons (maneira como a seleção nigeriana de futebol é conhecida) e passa a manhã treinando. Já no período da tarde, ela se dirige para o Children’s Hospital, como técnica de pesquisa.

“Provavelmente terminarei o treinamento (de futebol) por volta das 13h, vou direto para o hospital infantil e lá continuo até 17h”, disse.

A oportunidade que Michelle vê na medicina é com louvor. “Não é necessariamente uma área em que pensei que iria me encontrar, mas é incrível pode causar impacto na vida das crianças. O câncer infantil não é algo muito pesquisado. Ser capaz de fazer parte disso e dessa pesquisa é uma grande bênção”, disse.

O futebol

A paixão pelo futebol começou cedo, desde a infância.

“Jogo futebol desde os quatro anos ou algo assim e ser nigeriano, futebol ou o futebol americano, está no nosso sangue”.

Dividindo tempo entre as duas paixões, a necessidade de conciliar por vezes já assombrou a atleta e pesquisadora.

“Acho que às vezes posso sentir que não estou fazendo o suficiente nem no futebol nem no meu laboratório de pesquisa, mas acho que, no geral, eu sei que as duas são minhas paixões e o que realmente vale a pena é que adoro fazer os dois”, disse.

Para ela, quando não puder mais correr em campo, irá se dedicar 100% à medicina.

“Eu simplesmente sei que quero estar na medicina e continuar essa carreira quando terminar minha carreira no futebol”, falou Michelle.

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“Médica da equipe”

Michelle conta que, junto às companheiras de equipe, ela passa por situações engraçadas.

“Sinto que sempre que algo acontecesse há um ferimento, se alguém leva uma pancada, se alguém com dor de estômago, elas vem até a mim!”, brincou a jogadora.

Com toda calma do mundo, a profissional explica as amigas. “Gente, eu não sou médica, na verdade não sei o que está acontecendo com vocês!”, disse a pesquisadora.

Seleção

Na seleção nigeriana, Michelle foi um dos destaques na copa, mas protagonizou um lance muito infeliz.

Depois de um encontrão no jogo contra a Inglaterra, a jogadora da Nigéria, que também é pesquisadora contra o câncer infantil, levou um pisão nas costas enquanto estava no chão, dado pela inglesa Lauren James.

A zagueira não teve reação, e abriu os braços e disse que só pensou que a jogadora adversária seria expulsa.

Apesar de ter tido problemas com a Federação Nigeriana de Futebol, a equipe fez uma ótima copa, sendo eliminada nas oitavas de final.

A atleta se divide entre os campos e os estudos no laboratório. Foto: Reprodução/Gary Al-Smith.

A jogadora da Nigéria se divide entre os campos e e o trabalho como pesquisadora contra o câncer infantil. – Foto: Reprodução/Gary Al-Smith.

Com informações de Vanguard