Médicas brasileiras salvam homem que passou mal em aeroporto nos EUA

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Por Vitor Guerra
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As médicas brasileiras agiram rápido e salvaram um paciente em um aeroporto dos EUA. Foto: Reprodução/Instagram.

Essas médicas brasileiras estavam de folga, mas o dever chamou e elas salvaram a vida de um paciente que estava infartando em um aeroporto dos Estados Unidos (EUA). A ação rápida das duas profissionais fez com o paciente pudesse ser encaminhado com vida e estável para o hospital.

Gyselle Bessa, de 46 anos, e Kamilla Prudente, 34, estavam na fila do Aeroporto Internacional John F.Kennedy, em Nova Iorque, quando prestaram socorro a um passageiro, que usava um marcapasso. O homem, também brasileiro, sofreu um ataque cardíaco na fila da imigração.

As duas viram a movimentação e correram para ajudar. A tensão era grande e muita gente em volta do homem, mas as duas mantiveram a calma e começaram a massagem cardíaca na vítima até que os paramédicos chegassem.  “Foi uma cena de filme”, disse Gyselle.

De “folga”

As duas estavam indo para um casamento de uma amiga em Boston e seria a primeira vez que Kamilla atenderia pacientes, que moram nos Estados Unidos.

Por esse motivo, ela carregava instrumentos médicos – o estetoscópio (utilizado para escutar sons vasculares, respiratórios, cardíacos e do sistema digestivo) e o oxímetro (para medir a oxigenação do sangue).

“De vez em quando eu carrego esses equipamentos práticos, de consulta de rotina, para estar preparada porque às vezes surge uma emergência ou outra”, afirmou a médica.

Gyselle tem mais de 10 anos de experiência no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e 5 no helicóptero do Corpo de Bombeiros.

Mas nem tanta experiência a deixou menos surpresa do que o que viveu no aeroporto.

“Já peguei várias ocorrências chocantes, mas igual a essa, que estava relaxada, de boa, na fila, meio sonolenta, nunca imagina ter que agir naquele momento”, afirmou a médica.

“Cena de filme”

O paciente estava acompanhado pela mulher, nos Estados Unidos, para visitar o filho.

Gyselle e Kamilla aguardavam na fila, quando escutaram pedidos de socorro em inglês, vindos de um local próximo.

Gyselle saiu para ajudar, enquanto Kamilla ficou guardando as malas.

Estranhando a demora da volta de Gyselle, a amiga foi procurar.

Ao se aproximar, viu um homem caído e sua amiga o socorrendo. Era Seu Sebastião e ao lado dele, a mulher. Foi ela que informou para as médicas que o marido usava um marcapasso.

“Eu chamei: Seu Sebastião? Seu Sebastião? Mas ele não respondia aos estímulos. Ele estava sem pulso. Por isso iniciamos imediatamente a massagem cardíaca, seguida por desfibrilador [do aeroporto]”, disse Gyselly.

Kamilla contou que, ao chegar, se deparou com uma verdadeira cena de filme.

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Preparo e calma

Ainda que lidem com situações de estresse diariamente, as duas tiveram dificuldades para acreditar no que ocorria.

“Não tô nem acreditando no que aconteceu, parece que nem fui eu”, disse Gyselle.

Já Kamilla, destacou a importância do treinamento para profissionais de primeiros socorros.

“Aquilo que a gente fez, todo mundo poderia fazer com treinamento. Existem formas de treinar a população para reconhecer uma parada cardiorrespiratória e até usar o desfibrilador”, disse Kamilla.

Para a médica, é fundamental o preparo porque situações como a vivida por elas podem ocorrer a qualquer momento.

“Somos médicas, estávamos um pouco mais preparados, mas qualquer um poderia ajudar com informações básicas”, disse Kamilla.

As duas tem experiência em atendimento de urgência e emergência. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.

As duas tem experiência em atendimento de urgência e emergência. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal.

Com informações de O Popular,