Intervenção simples reduz mortalidade por câncer do colo do útero em 35%

A simples intervenção que combina medicamentos e quimiorradioterapia pode reduzir a mortalidade por câncer de colo de útero em até 35%. Para cientistas, a combinação deveria ser estabelecida como o novo padrão de tratamento.
O resultado de pesquisas recentes foi apresentado durante congresso médico em Madri, na Espanha, por pesquisadores do University College London Cancer Institute, do Reino Unido.
Para os cientistas, foi o melhor resultado de pesquisas realizadas no esforço de combater e tratar o câncer de colo de útero. Só no Brasil, foram estimados 17.010 casos novos este ano.
Intervenção simples
O esforço dos pesquisadores é que o novo padrão de tratamento seja colocado em prática para reduzir cada vez mais as taxas de mortalidade.
Para o estudo, foram selecionadas 500 pacientes mulheres, de 26 a 72 anos, com o diagnóstico do colo de útero e elas se dividiram em dois grupos.
Em um grupo, foram dispostas as mulheres que receberam quimiorradioterapia isoladamente, enquanto o outro recebeu quimioterapia de indução com uma combinação dos quimioterápicos carboplatina e paclitaxel seguida pela mesma quimiorradioterapia na sétima semana.
No final de um acompanhamento de 5 anos, 80% das mulheres que receberam a combinação quimio-medicamento/radioterapia estavam vivas e em 73% o câncer não retornou.
Para o médico Iain Foulkes, da Cancer Research UK, quanto antes começar o tratamento, mais melhor deverá ser o resultado.
“O momento certo é tudo quando você está tratando o câncer”, disse Iain Foulkes. “Um conjunto crescente de evidências mostra o valor de rodadas adicionais de quimioterapia antes de outros tratamentos, como cirurgia e radioterapia em vários outros tipos de câncer.”
Leia mais notícia boa
- Cavalo da PM visita crianças com câncer e leva alegria a hospital do MT
- Remédio contra ansiedade é esperança para pacientes com câncer cerebral
- Jorge Aragão anuncia remissão câncer e nova parceria musical
Maior descoberta do século
Mary McCormack, principal pesquisadora do grupo, do University College London Cancer Institute, disse que esta foi o melhor resultados de sobrevivência e remissão já obtido em experiências nos últimos anos.
Para a médica, se o paciente sobreviver em cinco anos, sem reincidência, provavelmente estará curado. “Isso que torna tudo muito emocionante”, disse ela.
No Brasil, a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero, ajustada pela população mundial, foi de 4,60 mortes para cada 100 mil mulheres, em 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Com informações do Good News Network