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Meia para tratar pé de diabético é criada por cientistas brasileiros; viva a ciência
25 de agosto de 2024
- Vitor Guerras
A meia para pé diabético, desenvolvida na Universidade Federal do Ceará, pode ser a solução para úlceras nas extremidades. - Foto: Ribamar Neto/UFC.
A meia para pé diabético, desenvolvida na Universidade Federal do Ceará, pode ser a solução para úlceras nas extremidades. - Foto: Ribamar Neto/UFC.

Essa meia desenvolvida por cientistas brasileiros é uma esperança para tratamento do pé de diabético, sem precisar de amputação. Feita de tecido de fibra de carbono, ela foi criada na UFC, Universidade Federal do Ceará, e já está sendo aplaudida nas redes.

A meia, que se modela ao pé do paciente, é um liberador de óxido nítrico (NO). A substância tem funções anti-inflamatórias, antimicrobianas e ajuda a reduzir a dor. Ela também auxilia no tratamento de feridas e de úlceras diabéticas.

“O óxido nítrico é liberado a partir da ‘decomposição’ do nitroprussiato, que ocorre lentamente nas fibras, entregando-o sobre a pele do paciente de forma controlada”, explicou Pedro Martins, professor da rede pública do município de Redenção e ex-bolsista de doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Sintomas do pé de diabético

Pessoas com diabetes geralmente têm sensação de formigamento, dores, perda de sensibilidade e de força nos pés. Se não tratados, eles se agravam e podem levar até mesmo a amputação do membro.

Em uma região com baixa, ou sem sensibilidade, traumas e pressões repetitivas no local podem levar às chamadas úlceras diabéticas.

Além disso, a diabetes também pode causar problemas arteriais. A diminuição do fluxo de sangue para os pés é um exemplo.

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Eficaz e mais barata

Os pesquisadores da UFC pesquisaram um método que agisse de maneira contínua contra os sintomas do diabetes nos pé e acharam!

O tecido, moldado em formato de meias, libera um fármaco com potencial terapêutico ao longo de 12 dias na pele.

Além disso, a meia desenvolvida é um meio mais barato e eficaz de liberar o óxido nítrico sobre a pele do paciente, em comparação com outras versões que já existem no mercado.

Também pode ser usada nas mãos

O professor Pedro Martins disse que o tecido pode ser moldado em vários formatos e aplicado em diferentes tratamentos.

É o caso de neuropatias periféricas, que são dores crônicas causadas pelo dano dos nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e Periférico.

Uma outra aplicação seria o uso nas mãos, como uma luva, por exemplo.

Testes futuros

O projeto já teve carta-patente concedida e foi aprovada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em um edital para estimular iniciativas inovadoras.

Chegamos à conclusão da importância de proteger a tecnologia devido à gama de aplicações do óxido nítrico, tais como: tratamento de neuropatia, de câncer de pele, de feridas crônicas, como vasodilatador e outras possibilidades”, finalizou o pesquisador em entrevista à Agência UFC.

Animados, os cientistas da UFC esperam que o produto chegue logo ao mercado e dizem que os testes vão continuar.

“O mercado tem carência de produtos liberadores de óxido nítrico. Porém, para chegar ao público, ainda temos um longo caminho. Precisamos confirmar a ação terapêutica através de testes pré-clínicos e clínicos”, afirmou o professor.

O tecido também pode ser modelado em outros formatos. Foto: Ribamar Neto/UFC.
O tecido da meia para tratar pé de diabético também pode ser modelado em outros formatos e servir como luva, por exemplo. – Foto: Ribamar Neto/UFC.

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