Meia para tratar pé de diabético é criada por cientistas brasileiros; viva a ciência

Essa meia desenvolvida por cientistas brasileiros é uma esperança para tratamento do pé de diabético, sem precisar de amputação. Feita de tecido de fibra de carbono, ela foi criada na UFC, Universidade Federal do Ceará, e já está sendo aplaudida nas redes.
A meia, que se modela ao pé do paciente, é um liberador de óxido nítrico (NO). A substância tem funções anti-inflamatórias, antimicrobianas e ajuda a reduzir a dor. Ela também auxilia no tratamento de feridas e de úlceras diabéticas.
“O óxido nítrico é liberado a partir da ‘decomposição’ do nitroprussiato, que ocorre lentamente nas fibras, entregando-o sobre a pele do paciente de forma controlada”, explicou Pedro Martins, professor da rede pública do município de Redenção e ex-bolsista de doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Sintomas do pé de diabético
Pessoas com diabetes geralmente têm sensação de formigamento, dores, perda de sensibilidade e de força nos pés. Se não tratados, eles se agravam e podem levar até mesmo a amputação do membro.
Em uma região com baixa, ou sem sensibilidade, traumas e pressões repetitivas no local podem levar às chamadas úlceras diabéticas.
Além disso, a diabetes também pode causar problemas arteriais. A diminuição do fluxo de sangue para os pés é um exemplo.
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Eficaz e mais barata
Os pesquisadores da UFC pesquisaram um método que agisse de maneira contínua contra os sintomas do diabetes nos pé e acharam!
O tecido, moldado em formato de meias, libera um fármaco com potencial terapêutico ao longo de 12 dias na pele.
Além disso, a meia desenvolvida é um meio mais barato e eficaz de liberar o óxido nítrico sobre a pele do paciente, em comparação com outras versões que já existem no mercado.
Também pode ser usada nas mãos
O professor Pedro Martins disse que o tecido pode ser moldado em vários formatos e aplicado em diferentes tratamentos.
É o caso de neuropatias periféricas, que são dores crônicas causadas pelo dano dos nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e Periférico.
Uma outra aplicação seria o uso nas mãos, como uma luva, por exemplo.
Testes futuros
O projeto já teve carta-patente concedida e foi aprovada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em um edital para estimular iniciativas inovadoras.
Chegamos à conclusão da importância de proteger a tecnologia devido à gama de aplicações do óxido nítrico, tais como: tratamento de neuropatia, de câncer de pele, de feridas crônicas, como vasodilatador e outras possibilidades”, finalizou o pesquisador em entrevista à Agência UFC.
Animados, os cientistas da UFC esperam que o produto chegue logo ao mercado e dizem que os testes vão continuar.
“O mercado tem carência de produtos liberadores de óxido nítrico. Porém, para chegar ao público, ainda temos um longo caminho. Precisamos confirmar a ação terapêutica através de testes pré-clínicos e clínicos”, afirmou o professor.

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