Médicos curam cegueira de 4 crianças com doença rara em Londres

Médicos de Londres fizeram história ao curar quatro crianças que nasceram com cegueira devido a uma doença genética rara. A terapia usada é revolucionária e agora, os pequenos conseguem ver formas, encontrar brinquedos e reconhecer os rostos dos pais.
O tratamento envolve injetar cópias saudáveis do gene afetado diretamente nos olhos das crianças. A cirurgia é rápida, dura 60 minutos e trouxe resultados impressionantes. Algumas das crianças, inclusive, já conseguem ler e escrever!
“Temos, pela primeira vez, um tratamento eficaz para a forma mais grave de cegueira infantil e uma potencial mudança de paradigma para o tratamento nos estágios iniciais da doença”, disse Michel Michaelides, especialista em retina do Moorfields Eye Hospital e professor de oftalmologia do Instituto de Oftalmologia da UCL.
A doença e o desafio
As quatro crianças foram diagnosticadas com amaurose congénita de Leber (LCA).
A condição genética afeta a retina e impede o desenvolvimento da visão.
Sem tratamento, os pacientes vão perdendo a sensibilidade à luz com o passar dos anos.
Leia mais notícia boa
- Adolescente contraria médicos, vence o câncer e se torna campeão de remo
- Médicos realizam primeiro transplante de pulmão com máquina que avalia órgãos
- Médicos restauram visão de menino de 13 anos que sofreu acidente; já está em casa
Tratamento revolucionário
A equipe responsável descobriu que o gene AIPL 1 era o grande causador do problema.
Como ele é essencial para o funcionamento dos fotorreceptores dos olhos, a solução foi criar uma versão saudável do gene e colocá-lo diretamente na retina.
O procedimento foi realizado em 2020, no hospital Great Ormond Street, com crianças vindas dos Estados Unidos, Turquia e Tunísia.
Ao longo dos cinco anos seguintes, os médicos acompanharam o desenvolvimento dos pequenos e os resultados foram incríveis.
Nova vida
Jace, um dos pacientes, tinha apenas dois anos quando passou pela terapia.
Antes da cirurgia, ele não conseguia enxergar objetos próximos, mesmo que tivessem brilho ou cor forte.
Agora, aos seis anos, ele consegue pegar brinquedos do chão e até mesmo “roubar” celulares do bolso dos pais.
“E eu me lembro de ter chorado e ficado realmente emocionado porque essa foi a primeira vez que Jace teve alguma reação a qualquer tipo de estímulo de luz ou algo do tipo. Daí em diante, tem sido bem incrível”, disse Brendan, pai do menino.
Esperança para medicina
O sucesso da terapia, segundo os médicos, pode abrir portas para um futuro muito promissor na luta contra a cegueira infantil.
Desde que os primeiros pacientes foram tratados, mais crianças passaram pelo procedimento em hospitais do Reino Unido.
Agora, o grupo aguarda os resultados dos exames, com esperança que, em um futuro próximo, a cegueira deixe de ser uma condição permanente e mais crianças sejam beneficiadas.

Google fecha maior acordo para reflorestamento da floresta Amazônia com startup brasileira
Conheça a DJ idosa de 81 anos que sacode pistas de dança com alegria
“Menino da bolha”: terapia para bebês com a doença tem 95% de eficácia, 10 anos depois
Cachorrinho de abrigo arrasta tutor para adotar também a irmã dele, idosa; vídeo
Jovens resolvem problema de geometria que ninguém conseguiu em 3 séculos
Flagrante mostra jogador recolhendo lixo no estádio após jogo; humildade
Tornado no Paraná: voluntários fazem corrente humana descarregar medicamentos; vídeo
Cop 30: ator brasileiro será curador do programa Disruptivos Culturais para Artes Cênicas
AC/DC vai fazer mais 2 shows no Brasil, após ingressos esgotarem; preço salgado
Aberto concurso para o Tribunal de Justiça: salário até R$ 12 mil