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SUS salva vida de embaixadora britânica que teve dengue ao Brasil; “alma brasileira agora”

Monique de Carvalho
27 / 09 / 2025 às 08 : 15
Foi um transplante feito pelo SUS que salvou a vida da embaixadora britânica. E ela agradeceu. - Foto: Pedro Iff/Metrópoles
Foi um transplante feito pelo SUS que salvou a vida da embaixadora britânica. E ela agradeceu. - Foto: Pedro Iff/Metrópoles

Foi graças ao atendimento do SUS, que a embaixadora britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq, de 49 anos, teve a vida salva, após contrair dengue no fim de 2024. Após a doença, o quadro da diplomata evoluiu rapidamente para uma hepatite fulminante, deixando-a entre a vida e a morte.

Foi quando Stephanie recorreu ao SUS e conseguiu fazer um transplante de fígado de urgência, realizado em Brasília, há oito meses. Hoje, recuperada, a diplomata não esconde a emoção:

“Dizem que o fígado é parte da alma. Eu considero ter uma alma brasileira agora”, declarou a embaixadora à Veja.

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Doença evoluiu em poucas horas

A dengue contraída pela embaixadora trouxe complicações graves. Em menos de 72 horas, os médicos constataram a falência total do fígado.

Para evitar uma morte iminente por encefalopatia hepática, ela foi colocada em hemodiálise contínua, enquanto aguardava um transplante.

O quadro era tão crítico que ela foi incluída como prioridade nacional na lista de transplantes. Houve até a sugestão de transferi-la para o Reino Unido, mas a diplomata preferiu permanecer no Brasil, país que já considera seu lar.

Transplante em tempo recorde

A espera durou apenas cinco dias. Um fígado compatível surgiu a poucos quilômetros de distância, permitindo a realização da cirurgia em Brasília.

O procedimento durou seis horas e contou com a presença do cirurgião peruano Hector Vilca-Melendez, referência mundial em transplantes.

O sucesso do procedimento salvou a vida da embaixadora e se tornou exemplo de como o SUS é capaz de oferecer atendimento de ponta em situações emergenciais.

Comparação com o sistema britânico

Al-Qaq fez questão de destacar a competência das equipes médicas brasileiras e comparou a experiência ao NHS, sistema público de saúde do Reino Unido.

“Os dois têm problemas, porque são públicos. Mas brasileiros e britânicos podem ser fiéis aos seus sistemas, porque não existem em outros lugares. Um atendimento para qualquer pessoa, sem depender de recursos”, afirmou.

Cooperação internacional

O caso também impulsionou novas parcerias. O modelo de agentes comunitários de saúde do SUS está sendo testado em Londres em um projeto piloto.

Em apenas um ano, já foram registrados resultados animadores: aumento de 47% na cobertura vacinal e redução de 7% nas consultas não agendadas.

Emocionada, a embaixadora reforçou a relevância da conscientização sobre a doação de órgãos.

“Felizmente, estava em um país que, como no Reino Unido, conta com sistema universal e gratuito de saúde”, agradeceu.

Stephanie Al-Qaq, embaixadora do Reino Unido no Brasil. Foto: Pedro Iff/Metrópoles
Stephanie Al-Qaq, embaixadora britânica no Brasil agradeceu ao SUS pelo transplante que recebeu . Foto: Pedro Iff/Metrópoles
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