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Cientistas conseguem reverter Alzheimer com terapia inovadora em camundongos

Rinaldo de Oliveira
08 / 10 / 2025 às 10 : 00
Cientistas de três paísesconseguiram reverter o Alzheimer pela primeira vez, em camundongos, com uma terapia inovadora. - Foto: Getty/iStock
Cientistas de três paísesconseguiram reverter o Alzheimer pela primeira vez, em camundongos, com uma terapia inovadora. - Foto: Getty/iStock

Nova esperança contra o Alzheimer. Cientistas da Espanha, Reino Unido e China conseguiram reverter o Alzheimer pela primeira vez, em camundongos, com uma terapia inovadora que abre caminho para tratamento em humanos.

A nova técnica foi publicada nesta terça-feira, 7, na revista especializada Nature. A terapia usa nanopartículas que funcionam como medicamentos.

E três doses do tratamento foram suficientes para reduzir de 50 a 60% da proteína no cérebro em apenas uma hora. E mais: os efeitos terapêuticos se mantiveram por meses.

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Melhora rápida e duradoura

Ao invés de atacar diretamente os neurônios, o tratamento foca na barreira hematoencefálica, a interface que regula o ambiente cerebral e protege o órgão de toxinas e patógenos.

Os pesquisadores usaram camundongos geneticamente programados para produzir excesso de proteína beta-amiloide e apresentar declínio cognitivo, para simular a progressão da doença em humanos.

Um dos camundongos, de 12 meses – equivalente a um humano de 60 anos – recebeu as nanopartículas e seis meses depois a progressão da doença foi revertida. Ele demonstrava comportamento semelhante ao de animais saudáveis.

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Efeito cascata no cérebro

O tratamento conseguiu restaurar essa barreira e reativar o sistema natural do cérebro.

A nova terapia eliminou proteínas nocivas, como a beta-amiloide, que se acumulam no cérebro com Alzheimer.

O pesquisador Giuseppe Battaglia, do Instituto de Bioengenharia da Catalunha, explicou que a restauração da vasculatura cerebral cria um efeito em cascata que permite eliminar a beta-amiloide e outras moléculas prejudiciais, reequilibrando todo o sistema do cérebro.

O segredo da terapia inovadora

Os autores do estudo contaram que o segredo da técnica está na proteína LRP1, que normalmente transporta a beta-amiloide do cérebro para o sangue.

No Alzheimer, esse sistema falha, permitindo que a proteína tóxica se acumule.

As nanopartículas atuam como um interruptor molecular, imitando ligantes do LRP1 e reiniciando o transporte de resíduos, restaurando a função natural da barreira cerebral.

Os resultados positivos da nova terapia abrem caminho para o tratamento de Alzheimer em humanos. - Foto: PA Wire
Os resultados positivos da nova terapia abrem caminho para o tratamento de Alzheimer em humanos. – Foto: PA Wire
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