Jovem brasileiro acorda do coma paraplégico, passa em Medicina e começa nova vida

Veja a força desse rapaz do Recife. O jovem Heberth Vinicius Santana, acorda do coma paraplégico, 15 dias após um grave acidente durante uma tentativa de assalto, e recebe a notícia de foi aprovado em Medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Apesar dessa pancada da vida, ele não desistiu e manteve o sonho de se tornar médico. E, agora, ajuda outras pessoas como ele.
Com as dificuldades da reabilitação, Heberth chegou a adiar a matrícula por um ano e nove meses, mas voltou, já está cursando Medicina, e hoje ele luta para PCDs tenham mais acessibilidade no campus para seguirem seus sonhos.
O assalto
Na madrugada do dia 16 dezembro de 2023, dias após fazer o Enem, Heberth estava no carro com o tio, em São Paulo, quando foram surpreendidos por assaltantes. Na tentativa de fuga dos bandidos, o veículo capotou várias vezes.
O jovem estudante ficou preso nas ferragens e foi resgatado em estado crítico, com traumatismo craniano e lesões na coluna.
“Eu era o paciente mais grave da UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Tanto é que minha mãe só estava na UTI [como acompanhante] porque as pessoas pensaram que eu iria falecer, daí permitiram que ela ficasse lá”, contou ao g1.
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As cirurgias
Enquanto estava em coma, Heberth precisou fazer cirurgias na cabeça e na coluna. O resultado do vestibular saiu quando ele ainda estava desacordado.
“Descobri que eu tinha passado na prova quando acordei do coma. A minha mãe falou que ela estava meio apreensiva em me contar que tinha passado, porque eu tinha acabado de descobrir que eu estava paraplégico”, lembrou o estudante.
As aulas iam começar em abril de 2024, quando Heberth ainda estava se recuperando das sequelas do acidente e fazendo fisioterapia e outra cirurgia em São Paulo, antes de voltar para o Recife.
O início das aulas
Como Heberth provou que estava em reabilitação e não conseguiria iniciar as aulas no prazo determinado, a UFPE reservou a vaga dele.
O estudante, agora com 21 anos, começou o curso em setembro, no segundo período de 2025 e, hoje, ele ajuda outros cadeirantes.
Depois de denunciar no perfil que tem no Instagram as falhas na acessibilidade da universidade – como falta de rampas de acesso, banheiros inacessíveis e elevadores quebrados – algumas demandas já foram atendidas pela universidade.
Entre elas, banheiro acessível no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e mesas adequadas para ele.
“Outras intervenções estão em planejamento para a devida adequação dos demais prédios às leis de acessibilidade; informou a UFPE.
Apoio dos alunos
Hebert imaginava que iria enfrentar dificuldades com acessibilidade e ficou com receio de incomodar outros estudantes, mas teve apoio dos colegas.
“Eu me deparei com o extremo oposto. A galera abraçou muito bem a causa da lutar pelo direito à acessibilidade e em relação a cobrar a quem precisa ser cobrado para que providencie a acessibilidade”, contou.
Voa alto Heberth, estamos todos na torcida por você!

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