Velório de Lô Borges: homenagens de artistas e fãs ao eterno parceiro de Milton Nascimento

Rinaldo de Oliveira

04 / 11 / 2025 às 11 : 23

O velório de Lô Borges, eterno parceiro de Milton Nascimento, é nesta quarta, 4, no Foyer do Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. - Foto: reprodução/Instagram

Muitas homenagens na passagem e no velório de Lô Borges, para ninguém esquecer desse talento que fez história na MPB. Um dos responsáveis por revolucionar o estilo musical na década de 70, ao lado do eterno parceiro Milton Nascimento, Lô foi um dos fundadores do famoso movimento Clube da Esquina.

Ele também assinou músicas históricas junto com o 14 Bis, Samuel Rosa e Zeca Baleiro, entre outros. Salomão Borges Filho, conhecido no meio artístico apenas como Lô Borges, nasceu na capital mineira em 10 de janeiro de 1952.

O cantor e compositor morreu na noite do último domingo (2) aos 73 anos. O velório do artista está sendo nesta quarta, 4, no Foyer do Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, cidade natal dele.

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Homenagem de Milton Nascimento

Nas redes sociais, a equipe de Bituca escreveu: “O Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e único”. Com fotos e vídeos da dupla em diferentes fases da vida, a publicação lembra que Lô “foi, e sempre será, uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton”.

“Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo”, continua a legenda que cita o Clube da Esquina. “Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô”. concluiu a legenda do post.

“Devastado. Lô Borges nos deixou. Lô foi, afora os mais de 30 anos com meus amigos do Skank, o maior parceiro que tive na música”, escreveu nas redes Samuel Rosa, ex-Skank.

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Leia mais sobre Lô Borges e Milton Nascimento

O início da amizade dos dois

Lô e Milton ficaram amigos ainda na adolescência, quando Lô Borges desceu pelas escadas do prédio onde morava e ouviu uma voz angelical cantando e tocando violão. Ele se aproximou e começou a conversar com o Bituca. Nascia ali, de forma despretensiosa, uma amizade e admiração que duraram 60 anos e renderam frutos maravilhosos em versos e canções icônicas. Veja abaixo

Mais tarde, juntos, e acompanhados do músico Beto Guedes e de outros artistas mineiros, eles foram pioneiros do Clube da Esquina, e ganharam reconhecimento pela atuação no movimento.

Onde foi criado o movimento

Criado na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, o Clube da Esquina foi considerado uma revolução musical por misturar gêneros como MPB, rock, jazz, folk e sons clássicos.

Não demorou para aquele estilo ganhar repercussão em Minas e no Brasil.

Junto com Milton, Lô assinou o álbum duplo “Clube da Esquina”, lançado em 1972 e considerado por muitos críticos um dos maiores discos brasileiros de todos os tempos. A revista Revista Rolling Stones colocou o álbum na 7ª posição na lista dos 100 maiores discos da música brasileira.

As músicas icônicas

“Clube da Esquina” carrega canções atemporais como “O Trem Azul”, “Paisagem da Janela” e “Um Girassol Da Cor Do Seu Cabelo”.

O mineiro de Montes Claros, Beto Guedes, e a carioca Alaíde Costa também assinaram algumas faixas do álbum.

Além dos artistas, Lô também trabalhou com outros grandes nomes.

Último trabalho

Em agosto deste ano, Borges lançou novamente um álbum duplo, desta vez, co-assinado com Zeca Baleiro.

“Céu de Giz – Lô Borges Convida Zeca Baleiro” traz as canções “Antes do Fim”, “Santa Tereza”, “Tá Tudo Estranho Demais”, “Estrelas Vadias” e “Donos do Mundo”.

Principais músicas com participação de Lô Borges: