Notícia ruim atrai notícia ruim! Vamos mudar esse jogo!

NewsGK3
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Um adolescente de 17 anos tentou matar o orientador da Escola Estadual Professor Pedro Aleixo, Região Centro-Sul de Minas Gerais, na manhã deste sábado.
O estudante disparou 3 vezes, mas felizmente nenhum dos tiros acertou o orientador Marco Túlio Miranda Dias.
O caso acontece dois dias depois que um aluno de 10 anos atirou contra uma professora dentro da sala de aula em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Em seguida, ele saiu da sala e atirou na própria cabeça.
Coincidência??
Todos tiveram inspiração em momentos diferentes?
Isso pega no ar, ou a mídia dá um empurrãozinho quando divulga?
É claro que não dá pra dizer que o fato de dar notícia ruim faz com que a imprensa seja a responsável por puxar o gatilho da violência.
Mas, que dá um empurrãozinho, ah isso dá.
Será que não seria a hora de questionar os nossos limites e até onde poderíamos noticiar coisas desse tipo?
NewsGK3
Uma vez, o jornalista Chico Pinheiro me questionou por que eu havia mandado o repórter cobrir mais uma chacina na capital paulista.
Disse ele: noticiar por noticiar é melhor não mandar repórter cobrir isso.
Daí eu respondi de imediato: porque não vamos deixar de noticiar essas mortes e esconder o que tá acontecendo, né?
Anos mais tarde compreendi o que ele disse e entendi que pra dar notícia ruim e investir tempo nela, era preciso muito mais que informar por informar. Era preciso, como dizemos no jargão jornalístico: contextualizar.
Hoje penso que poderíamos até noticiar chacinas, e outros tipos de violência só que temos que buscar uma forma de ir além e mostrar os bastidores , o que deforma o sistema, como diria o Coronel Nascimento no Tropa de Elite 2.
Temos que ter um pouco de profundidade nas coisas que cobrimos.
Não pode ser tão leviano assim, principalmente porque sabemos, há consequências.
Acredito que pra fazer noticiário criminal temos que ter especialização em psicologia, sabermos de todas as patologias e termos consciência de que a divulgação pode trazer danos ainda maiores. É como no caso dos suicidos, que a imprensa tem por convenção não divulgar.
Anos depois do episódio com o Chico, comecei a trabalhar com outro Chico, o Daniel (saudoso) na TV Nacional em Brasília, onde eu não precisava mandar repórter cobrir o “mundo cão” pela nossa linha editorial, salvo se tivessemos como “contextualizar”.
Tudo isso pra dizer que, fazer parte de um site em que podemos dar informações que vão melhorar a vida das pessoas, que vão fazer a diferença e que jogam luz em vários túneis, é receita garantida de que NÃO vamos inspirar ninguém a exorcisar seus demônios pro mal.
Comecei com notícia ruim, falando de dois casos horríveis, pra enxergar até neles um outro caminho pra comunicação, que não seja noticiar o crime pelo crime.
E sim buscar em cada coisa ruim uma forma de ajudar a mudar essa rota de urubus, que alimenta a imprensa sensacionalista.

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