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Homenagem: 30 anos sem Elis

Rinaldo de Oliveira
19 / 01 / 2012 às 00 : 00
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19 de janeiro de 1982. 
Naquela fatídica terça-feira o Brasil perdia sua maior intéprete; Elis Regina.
A morte súbita da cantora foi anunciada na antiga Rádio Excelsior de São Paulo, atual CBN, em primeira mão, pela jornalista Luisa Borges, hoje colunista deste site. Reportagem que ela jamais esquece.
Controversa e de poucos amigos, pela personalidade forte, Elis era uma cantora com estilo, ouvido, repertório, visão, sensibilidade, arrogância e voz… Ouça essa gravação do Fantástico.

Elis imortalizou sucessos da MPB como Como Nossos Pais, no vídeo acima, Maria, Maria, O Bêbado e a Equilibrista, Folhas Secas, Águas de Março, Romaria, Trem Azul, Vento de Maio, Me Deixas Louca, Velha Roupa Colorida, Dois Prá Lá Dois Pra Cá, e Fascinação, entre tantos outros.
Veja essa versão de Fascinação ao vivo em Portugal, em 1978.
  

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A “Pimentinha”, como era chamada, nasceu no dia 17 de março de 1945 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 
Lá  começou a carreira aos 11 anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha..
Um divulgador da gravadora Continental, chamado Wilson Rodrigues Poso, ouviu a menina, aos quinze anos, em Porto Alegre e sugeriu à gravadora Continental que a contratasse.
Em 1962 saiu o primeiro disco de Elis, que na época chamava-se LP. Ela tinha apenas 16 anos.
3 anos depois, em 1965, Elis ganhou projeção nacional quando venceu o 1º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior, com a música “Arrastão”, como melhor intérprete.
 

Visionária, Elis lançou boa parte dos compositores que conhecemos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco, Aldir Blanc, Belchior e Sueli Costa.
Milton Nascimento, um de seus grandes admiradores, elegeu Elis como sua musa inspiradora e dedicou inúmeras composições a ela.
Na época da ditadura criticou os anos de chumbo e talvez não tenha sido presa por sua popularidade. Engajada politicamente, participou da campanha pela anistia dos exilados brasileiros, e gravou uma das interpretações que a consagraram: de O bêbado e a equilibrista.
 

 
Elis foi casada com Ronaldo Bôscoli e César Camargo Mariano.
Teve tres filhos, todos músicos: João Marcelo Bôscoli, Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, que
tinha 4 anos quando a mãe morreu, e herdou o jeito de cantar e o tom de voz de Elis.
No seu primeiro show, em 2003, Maria Rita, citou sua mãe, antes de cantar a música Menina da Lua. Disse que em entrevista, quando foi perguntada o que desejava para o futuro da filha, Elis, falou: que ela seja “Leve”.
Agora, adulta, quando recebeu a canção, que coincidentemente comeca com a palavra “leve”, Maria Rita sentiu que a letra parece um diálogo, uma conversa entre ela e mãe. 
 

Abaixo, Maria Rita e Elis Regina sendo entrevistadas por Marília Gabriela em 1980 no TV Mulher, na Globo.

Elis Regina lançou 27 LPS e vendeu 4 milhões de cópias em sua curta carreira.
Ela morreu aos 36 anos, no apartamento onde morava nos Jardins, em São Paulo, vítima de overdose de bebidas e cocaína.
25 mil pessoas compareceram ao velório, no antigo Teatro Bandeirantes, palco de seu maior sucesso: o show Falso Brilhante, onde Elis cantou Gracias a la Vida:

E um dia ela disse: “Agora eu sou uma estrela”.

 

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