“Corações Sujos”, filme sobre o pós-guerra, mostra povo brasileiro contra a intolerância

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Por Roberto Garini.
Estreia dia 17 de Agosto, aqui no Brasil, o filme Corações Sujos, uma história que meu pai me contava, quando eu era criança.
Baseado em fatos e personagens reais, retratados no bestseller de Fernando Moraes, o filme conta o drama de um homem comum, que se envolve na guerra, e tem sua trajetória de imigrante radicalmente modificada pela intolerância, o radicalismo, a manipulação e o medo.
O que um filme de guerra tem de notícia boa?
Duas pelo menos: mostra que o povo brasileiro é totalmente contra a intolerância e à manipulação da verdade, e conta a história de uma esposa que tenta salvar o marido com amor.
No elenco o brasileiro Eduardo Moscovis e atores japoneses famosos no oriente, que voltam ao passado recente do pós-guerra da década de 1940.
Entre 1945 e 1946, quase 80% dos cerca de 200 mil imigrantes então espalhados por cidades do oeste paulista e do Paraná acreditavam que seu país ainda venceria a guerra.
Para eles, os japoneses que aceitavam a notícia da rendição eram traidores da pátria.
Uma desonra que, para os que acreditavam na vitória, só poderia ser lavada com sangue.
Começaram então, no seio da colônia, os ataques dos vitoristas (ou kachigumi) contra aqueles que aceitavam a derrota (os derrotistas, ou makegumi), apelidados pejorativamente de “corações sujos” pelos seus opositores.
Por mais de um ano, dezenas de atentados nas cidades que abrigavam as comunidades japonesas em São Paulo desafiaram as autoridades policiais do estado.
Filmado em locações nas cidades de Paulínia e Campinas, Corações Sujos é o terceiro longa-metragem de ficção do premiado diretor Vicente Amorim, distribuído pela Downtown Filmes.
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