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Jorge Amado, 100 anos: preso político, apaixonado, baiano e escritor

Rinaldo de Oliveira
10 / 08 / 2012 às 00 : 00
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O escritor Jorge Amado completaria 100 anos nesta sexta-feira, 10 de agosto.
O centenário do autor de livros marcantes como ‘Gabriela, Cravo e Canela’ terá shows em Salvador e lançamento de um livro sobre sua obra: Jorge Amado e a Sétima Arte, que reúne relatos de cineastas e atores que levaram suas histórias à telona.

O mais internacional dos escritores brasileiros é um dos filhos prediletos da Bahia.

Para celebrá-lo, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense apresentou um desfile sobre sua vida no último carnaval carioca, e sua neta Cecília Amado levou ao cinema a obra Capitães da Areia, que foi lançada em outubro e se apresentou em abril no Festival de Cinema Latino de Chicago (EUA).
Também foram reimpressas diferentes edições de seus romances mais famosos e houve o lançamento de livros inéditos em sua homenagem, como o que apresenta as cartas entre Jorge Amado e a também falecida escritora Zélia Gattai, sua esposa durante 56 anos.
A Rede Globo fez um remake e exibe atualmente a nova versão de Gabriela, minissérie baseada no livro Gabriela, Cravo e Canela, publicado de 1958.
Quem foi Jorge Amado
Nasceu em 1912, em Itabuna, na Bahia.
Nos anos 1930 teve seu romance “Cacau” apreendido por envolver-se com o comunismo.
Passou um tempo exliado na Argentina .
Foi preso na época por se opor aos “Estado Novo” e viu milhares de seus livros serem queimados em Salvador por ordem militar, sob acusação de serem revolucionários. 
Formado em direito, teve vários livros premiados, como “Mar morto” que ganhou o prêmio Graça Aranha, e “Capitães da Areia”.
Foi redator das revistas “Dom Casmurro” e “Diretrizes”. 
Em 1942 publicou em Buenos Aires “A vida de Luís Carlos Prestes”, com o intuito de ajudar na anistia do comunista. Mais uma vez foi preso, ao desembarcar em Porto Alegre,e foi proibido de sair das terras de Salvador.
Em 1946 conhece Zélia Gattai, com quem passa a viver.
Morou em São Paulo, no Rio de Janeiro, viajou pela Europa, China, Mongólia. 
Em 1958 escreveu “Gabriela, cravo e canela”, livro que lhe rendeu várias premiações, além de ter sido adaptado para a TV.
Um tempo depois, lança o “Dona Flor e seus dois maridos”, que também aparece nas telas mais tarde.
A vida do romancista virou a partir de um edema pulmonar em 1996. Não conseguia mais enxergar direito, tinha dificuldade em ler e escrever e, bom de garfo, não podia mais comer o que gostava. 
Morreu em 6 de agosto de 2001, em Salvador, aos 88 anos. 
É representante da segunda fase do Modernismo no Brasil, voltada aos romances regionalistas. 
Com informações da EFE, Veja e BrasilEscola. 

 

 

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