Experiência ou uma boa idéia? Qual vem primeiro na hora de crescer?

experiencia
Comercial
Por Roberto Garini
A minha opinião é que experiência vale mais. Mas a minha opinião pouco importa, porque não sou investidor.
Temos que saber o que os gestores dos fundos “ Start Up “ acham.
Para Francisco Jardim gestor do fundo Criatec, a experiência vale muito mais que uma boa idéia. Mas é mais que isso.
Uma pesquisa feita no ‘port-follio’ da própria Criatec, mostra que as grandes idéias, sem uma experiência, tem fracassado depois de seis meses de atividade. E idéias mais normais ou mais simples, com uma equipe experiente, são as que performaram.
No jargão dos negócios performar significa gerar lucro.
A Criatec é a maior investidora em novos negócios do país, portanto se eles chegaram a essa conclusão é isso que vai passar a valer para o mercado de investidores daqui em diante.
Analisando a situação podemos afirmar que há cinco anos as grandes idéias é que tinham grande força entre investidores e fundos de investimentos.
Hoje, passada à febre do empreendedorismo a visão mudou.
Fundos de investimentos e cooperativas de investimentos preferem uma equipe experiente com uma idéia simples, pois sabem que esta equipe consegue antever e mudar o rumo do negocio quando um grave problema se avizinha.
Vejamos alguns casos práticos.
As redes de franquias de perfumes é um grande exemplo.
Existe a primeira que veio ao mercado e inovou. Eram perfumes nacionais tão bons quanto os estrangeiros e o mais importante: tinha uma loja igual à outra em cada cidade que se ia.
Durante muito tempo navegou só, mais de 1.500 lojas foram montadas e criaram muito produto novo e inovador para chegar lá.
Outras redes vieram depois, sem nenhum apelo especial ou idéia mirabolante, mas estão aí crescendo e provocando a concorrência.
Construir ou organizar uma rede de lojas de perfumaria é um trabalho mais administrativo, financeiro e de logística do que de criatividade em relação ao produto, sem com isso menosprezar o trabalho de seus técnicos.
Outro exemplo são os cursos de idiomas. A primeira que construiu uma rede de escolas de idiomas esta aí, de pé e forte, mas já não é a primeira da lista. Melhor dizendo, não é nem a quinta, pois cinco outras novas redes foram formadas, sendo a primeira três vezes maior que a principiante.
Construir uma escola de idiomas é mais uma tarefa administrativa e de marketing do que pedagógica ou técnica. Muito pouco se inventou em termos de instrução lingüística.
Isso não significa que a boa idéia não seja importante, claro que é, porque com toda experiência possível uma idéia inovadora tem toda chance de dar certo.
Nosso alerta é que você tenha sempre boas idéias, mas não se esqueça nunca de formar uma boa equipe que tenha sólidos conhecimentos e experiência nas áreas administrativa, financeira e comercial.
E tomara que você seja daqui alguns anos a maior rede de vendas do seu produto inovador.
Veja aqui a palestra de Francisco Jardim:
roberto.garini@sonoticiaboa.com.br