Empresa contrata apenas ex-presidiários e fatura US$ 14 milhões por ano

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Comercial
Imagine uma empresa onde todos os funcionários, do estagiário ao presidente, são ex-presidiários.
Ficou com um pé atrás? Achou que ela não daria certo porque seria roubada pelos próprios empregados?
Os números e o sucesso da Homeboy Industries mostram exatamente o contrário.
Ela tem orçamento anual de US$ 14 milhões, 300 empregados e atua em área diversas: da alimentação e gráfica à dermatologia.
E o nome da empresa, Homeboy, não tenta mascarar seu passado. O termo significa “integrante de gangue” em inglês.

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A indústria que emprega ex-presidiários foi idéia do padre Gregory Boyle, (foto) que queria ajudá-los a retomarem suas vidas, dar uma segunda chance.
Como não conseguia convencer ninguém a empregá-los, ele resolveu abrir o próprio negócio, em 1992, que começou como uma simples padaria.
“Eu não emprego pessoas para fazer pães. Eu faço pães para criar empregos”, diz.
Para chefiar a equipe o padre chamou Bruce Karatz, ex-presidente de uma construtora, que foi condenado por fraude financeira nos EUA.
Ele foi o responsável por uma grande expansão da empresa, que hoje tem um restaurante, uma gráfica, uma clínica de remoção de tatuagens e a própria marca de alimentos, cujas embalagens vêm com o slogan “empregos, não cadeia”.
Como isso foi possível?
Com o slogan “esperança tem um endereço”, a HomeBoy tem como missão “dar esperança, treinamento, e suporte para ex-marginais, homens e mulheres recém-presos, permitindo que eles redirecionem suas vidas, sejam membros contribuintes da nossa comunidade”.

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A Homeboy fica em Los Angeles, na Califórnia, e se transformou em ponto turístico para pessoas do mundo inteiro – inclusive algumas que manifestaram interesse em tentar reproduzir a experiência em seus países.
Será que algo do tipo daria certo no Brasil? “Claro que sim”, acredita Hector Vergudo, ex-líder de gangue e atual diretor executivo da Homeboy.
“Quando as pessoas chegam aqui, dizem que fazemos mágica. Na verdade, o segredo é que o trabalho nos ensina a amar o mundo e, principalmente, a nós mesmos.”
Com informações da Superinteressante.
Visite o site da HomeBoy Industries aqui.