A mágica de “Intocáveis”: a comédia de um drama

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Por Andréa Fassina
“Fizemos uma comédia sobre um assunto que não é divertido.”
Assim um dos diretores do filme Intocáveis, traduz a mágica de ter transformado a história de um milionário tetraplégico, que conta com os cuidados de um imigrante senegalês, num dos maiores sucessos do cinema francês de todos os tempos.
O longa dos diretores Olivier Nakche e Eric Toledano mostra, de um lado, um homem branco rico e autoritário que vê sua vida mudar após a convivência com um senegalês que, por sua vez, se beneficia da amizade refinando os seus hábitos.
Sabe aquela história que tem tudo pra ser um drama e que se transforma numa grande lição, e até engraçada, de que a vida vale a pena, não importa em que condição você esteja?
Mesmo que a condição seja um futuro nada promissor para um negro segregado, num país cercado pelo preconceito, ou para um tetraplégico milionário que não vê mais sentido na vida.
O que nos causa surpresa é saber que muito mais do que mostrar o retrato atual da França, marcada pela relação tensa com os imigrantes oriundos das ex-colônias africanas, o filme é baseado numa história real, contada no livro O Segundo Suspiro, de Philippe Pozzo Di Borgo.
Na vida real, o milionário Philippe Pozzo di Borgo, um dos homens mais ricos da França, que se tornou deficiente físico após um acidente de parapente, contratou o algeriano Abdel Sellou (que no filme vira o senegalês Driss, interpretado por Omar Sy) para ajudá-lo.
Antes de ser transformada no filme, a história já rendeu dois livros (um escrito por Borgo, e outro por Sellou) e o documentário À La Vie, à La Mort, de 2004.
Tocante e inspiradora, a amizade dos dois personagens é muito bem interpretada pelos atores Françóis Cluzet e Omar Sy.
Omar Sy, que faz o senegalês, é o primeiro negro a vencer o César, um dos mais importantes prêmios do cinema francês.
A trilha do filme é algo a parte.
Do erudito ao soul: podemos nos deliciar ouvindo Vivaldi, George Benson, Mozart, Bach e Earth, Wind & Fire.
Pra mim, é simplesmente o filme do ano. Eu recomendo.
Você vai sair do cinema com alma lavada e uma sensação de que a vida vale a pena SIM.
andrea@sonoticiaboa.com.br
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