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Escritores e intelectuais brasileiros e europeus pensaram o mundo ao mesmo tempo

Rinaldo de Oliveira
22 / 09 / 2012 às 00 : 00
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Por Roberto Garini
Uma pesquisa chamada Projeto Temático, com pesquisadores do Brasil, Portugal, França e Inglaterra, resolveu estudar os impressos e as ideias que circulavam entre os quatro países entre 1789 e 1914.

Nesta época conhecida como ‘longo século 19”, as ferrovias e os navios sofreram mudanças tecnológicas tão importantes que mudaram também os hábitos dos leitores.

Do outro lado, o dos autores, a coisa era igual.Thomaz Antonio Gonzaga foi traduzido para o francês, italiano, latim e o russo com sua obra ‘’Marília de Dirceu’’.
Como se pode notar a globalização da cultura não se deu com as modernas de tecnologias.
A partir do momento que os livros passaram a ser impressos e a viajar pelo globo começou uma nova forma de conexão entre pessoas, tal e qual a internet faz hoje.
Segundo a professora Márcia Azevedo de Abreu, coordenadora da pesquisa e professora do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, as pessoas ficavam conectadas porque na tradução dos folhetins escritos aqui no Brasil ou em Paris circulavam as mesmas idéias, quase que simultaneamente.
A revista ‘Niterói’, uma das primeiras publicações brasileiras de Peso, teve seu início desta forma.
Intelectuais nativos morando em Paris mandavam em forma de folhetim as ideias surgidas lá, que estavam afetando o mundo.
Esta revista começou na verdade a ser impressa em Paris, primeiramente, pelo poeta brasileiro Gonçalves Magalhães e para ser lida era preciso importá-la para o Rio de Janeiro.
Outro exemplo foi a tradução do Guarani, que saiu em folhetins em Paris no século 19 com o nome ‘As Filhas do Sol”.
Como se pode notar, os intelectuais brasileiros e os grandes nomes da literatura brasileira independeram de tempo para pensar o mundo.
E, pode ser difícil de acreditar, mas no começo do século 19 um cidadão carioca poderia encomendar um livro europeu numa livraria do Rio de Janeiro e este livro demoraria os mesmos 28 dias que leva hoje a Amazon para entregar, se não pagarmos o correio expresso.
roberto.garini@sonoticiaboa.com.br
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