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Fim da mentira! Família Herzog recebe atestado de óbito verdadeiro: torturado pelo Exército

Rinaldo de Oliveira
16 / 03 / 2013 às 00 : 00
Vladimir-Herzog|herzog
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A família do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar dos anos 70, recebeu nesta sexta-feira a versão retificada do atestado de óbito do profissional, que aguardava há tantos anos.
No novo documento, consta a verdade: que a morte foi por “lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)”.
Assim, quase 40 anos depois, o governo brasileiro admite que a versão divulgada na época, pelo Exército, era mentirosa.
De acordo com os militares, Vlado teria se enforcado na cela. A família, claro, nunca aceitou essa versão e exigia a retratação oficial.

herzog
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A foto emblemática do jornalista pendurado na corda pelo pescoço, que serviria de álibe para os torturadores, acabou se tornando símbolo da luta contra a repressão e a tortura no Brasil.
Luta que ganhou força com a criação da Comissão da Verdade, pelo governo federal.
Vladimir Herzog morreu em outubro de 1975. Ele era jornalista da TV Cultura.
O esclarecimento desta semana, por escrito, oficializado, põe um ponto final na luta da família pelo reconhecimento da verdade.
“É uma grande vitória. Quando você tem um atestado mentiroso e é obrigado a aceitá-lo, é quase que um processo de humilhação para família”, diz Ivo Herzog, filho do jornalista.
“Nós estamos começando a contar as histórias dessas pessoas que construíram o país livre que a gente vive hoje.”
Para Marco Antonio Barbosa, presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e advogado da família, a alteração do documento é “essencial e importante para a consolidação de um Estado democrático de direito”.
Com informações da Folha e da Band. 
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