“Vaquinha virtual” transforma sonhos em realidade: Crowdfunding em Brasília

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Comercial
Por Andréa Fassina
Um financiamento coletivo e colaborativo pra quem busca ajuda pra uma idéia.
Parece que tem tudo pra não dar certo, mas muita gente consegue levar seus sonhos adiante, graças a essa “vaquinha virtual”.
As ideias podem ser ligadas às mais diversas áreas e obter recurso de pessoas físicas e jurídicas a partir das plataformas.
Como conseguir
Na plataforma digital escolhida, o idealizador inscreve seu projeto, define uma quantia a ser arrecadada e o tempo hábil para essa arrecadação.
Os colaboradores do projeto podem contribuir com muito, ou pouco.
E na “vaquinha virtual” todos que colaboram recebem recompensas, como vantagens exclusivas e produtos especiais.
Não é milagre.
O crownfunding já tem estatísticas significativas.
No ano passado, as plataformas de financiamento colaborativo movimentaram 5 bilhões de dólares nos Estados Unidos e, segundo especialistas do setor, há uma previsão de que em 2013 cresça 30% só na América do Norte.
Um dos casos mais famosos do mundo na utilização dessa ferramenta foram as eleições vencidas por Barack Obama, nos Estados Unidos.
Crowdfunding em Brasília
E a coisa faz tanto sucesso que já existe um Festival, o Crowdfunding Festival, que nos 16, 17 e 18 de maio reunirá plataformas digitais de todos os estados brasileiros e empreendedores de sucesso em Brasília.
O encontro será para ensinar como captar recursos com o auxílio da coletividade.
Serão 3 dias na Escola Técnica de Ceilândia, cidade a 30 km da capital federal.
Durante o Festival o público vai conhecer exemplos de sucesso, como dos músicos da banda Scalene, que conseguiram gravar o primeiro CD graças ao financiamento coletivo.
Durantes os três dias de evento haverá também espaço para música e apresentações artísticas.

Ricardo_Kelmer
O escritor e roteirista de sitcom, Ricardo Kelmer também é um caso de sucesso.
Com 20 anos de experiência e 10 livros no mercado editorial oficial e alternativo, o cearense Ricardo Kelmer, 49 anos, encontrou uma maneira criativa para financiar a publicação de seus livros.
O sistema é muito simples e funciona com a participação direta do público.
“Os leitores que adquirem meus livros antes de serem lançados, ganham desconto e têm os nomes registrados numa sessão do livro chamada “Galeria de Leitores Especiais.
Eles ainda concorrem a sorteios de outros livros meus, viagens, ingressos para festas, DVDs e produtos que consigo por meio de parcerias”, conta Ricardo.
A cada novo livro o resultado melhora.
“Meus três últimos livros foram viabilizados pelo financiamento coletivo.
Atualmente a editora ‘Arte Paubrasil’ publica meus livros, mas continuo usando esse sistema, pois prefiro ser sócio da editora e isso requer que eu entre com uma parte do investimento”, explica o escritor.
“Aos poucos, com a democratização da web, esse modelo de financiamento tende a se consolidar no Brasil e no mundo inteiro”, diz Ricardo.
O escritor destaca a importância dos artistas se convencerem de que nem o governo e nem as grandes empresas são peças fundamentais para a realização de um sonho.
“Podemos não ser o He-man, mas nós temos a força”, completa.

HQ
Com apenas 22 anos, o diagramador e quadrinista Max Andrade lançou seu projeto em uma plataforma crowdfunding: Histórias em Quadrinhos com estilo Mangá (quadrinhos japoneses).
“Meu projeto foi uma HQ em estilo Mangá chamadaTools Challenge.
O objetivo era publicar a versão impressa da história, que já era gratuita na internet.
O “mangá nacional” é quase inexistente aqui e muito desprezado, portanto acredito que o sucesso desse projeto pode ajudar a alavancar a sua produção e reconhecimento”, explica o mineiro.
No final do ano passado, Max venceu o concurso nacional da revista Ação Magazine, uma publicação de alcance nacional que reúne várias obras de HQs – assim como acontece no Japão.
Após a participação no concurso, as portas se abriram para quadrinista.
Segundo ele, foi o que possibilitou abrir um projeto no ‘Catarse’ (uma das plataformas de crowdfundig mais difundidas do Brasil) e finalmente conseguir arrecadar a quantia necessária para fazer o Tools Challenge impresso.
“Acredito que o mais importante para se realizar um projeto é ter a vontade.
Se for vontade de verdade, ela irá gerar esforço, dedicação, trabalho duro e tudo o que for necessário para realizá-lo.
É importante também fazer as coisas na hora certa e saber quando é essa hora.
Não se apressar e saber ouvir críticas construtivas”, explica o quadrinista.
Serviço
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