Brócolis e espinafre ajudam a tratar autismo

Foto: BN
Brócolis, couve-flor, espinafre e repolho podem ajudar a conter os sintomas do autismo.
Doses de sulforafano, composto químico encontrado nesses vegetais, foram capazes de tornar mais sociáveis as pessoas diagnosticadas com características do espectro.
É o que mostra um estudo do Hospital Geral de Massachusetts para Crianças e da Universidade Johns Hopkins, em Boston, EUA.
A pesquisa
44 homens de 13 a 27 anos, diagnosticados com autismo de moderado a severo, participaram do estudo.
Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um tomou sulforafano, outro tomou placebo.
Dos 40 indivíduos que voltaram para acompanhamento, 26 que tomaram sulforafano tiveram pontuação significativamente melhor em avaliações de comportamento que os que receberam placebo.
O composto químico tornou os autistas mais calmos e sociáveis.
Remédio
A descoberta abre caminho para a criação de remédios à base de sulforafano.
Até agora as drogas usadas são capazes de controlar sintomas de agressividade, hiperatividade ou distúrbios do sono.
Mas esse estudo indica que pode haver uma resposta química direcionada.
“Quando quebramos o código que revelava quem estava recebendo o sulforafano e quem tinha recebido o placebo, os resultados foram surpreendentes”, contou ao Daily Telegraph o co-autor do estudo, Andrew Zimmerman, professor de Pediatria Neurológica.
Resultado
“Os resultados observados na escala social foram particularmente impressionantes, pela primeira vez causada por uma droga nesse espectro autista”.
O poder do sulforafano, para melhorar as defesas naturais do organismo contra estresse oxidativo, inflamações e danos ao DNA, foi descoberto em 1992.
Pessoas com autismo tendem a sofrer de várias anormalidades em suas células, incluindo inflamações e danos ao DNA, mas os médicos ainda são reticentes em relação a associação entre os vegetais e a doença.
O estudo não foi completamente positivo.
Dois indivíduos que tomaram o sulforafano sofreram ataques – embora os pesquisadores apontem que isso pode ter acontecido por causa de uma condição pré-existente — e os tratados com o composto engordaram.
Um terço dos que fizeram tratamento não respondeu ao suplemento e os efeitos não foram permanentes entre os que responderam bem, cessando assim que a dosagem foi suspensa.
Com informações do Daily Telegraph e OGlobo