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15 passos contra obesidade infantil

Rinaldo de Oliveira
14 / 11 / 2014 às 00 : 00

Foto: ThinkStock
Um projeto lançado na Dinamarca está incentivando mudanças no estilo de vida das crianças e suas famílias para combater a obesidade infantil – hoje uma epidemia global.
E deu resultado: na cidade de Holbaek, 70% das 1,9 mil crianças atendidas conseguiram manter um peso adequado por 4 anos.
O plano começa com a garotada sendo internada durante 24h em um hospital para uma bateria de exames, medição da gordura corporal e preenchimento de um questionário sobre hábitos alimentares e padrões de comportamento.


Cada criança tem um tratamento personalizado para modificar entre 15 e 20 hábitos diários.
São mudanças que servem para muitos adultos também e incluem:

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1 – Nada de muesli ou iogurtes de fruta no café da manhã; use aveia, pão preto e carne ou peixe nessa refeição

2 – Nada de fast food ou pão branco no almoço; prefira pão escuro, carne ou peixe e vegetais

3 – As porções devem ser servidas na cozinha; panelas e travessas não devem ser levadas à mesa

4 – As proporções no prato do jantar devem ser: metade de vegetais, um quarto de arroz escuro, macarrão ou batatas; e um quarto de carne ou peixe com pouca gordura

5 – Esperar 20 minutos antes de repetir. Isso dá tempo de o corpo sentir a saciedade

6 – Ficar satisfeito após cada refeição

7 – Apenas dois pedaços de fruta por dia

8 – Fast food apenas uma vez ao mês

9 – Doces apenas uma vez por semana

10 – Salgadinhos apenas uma vez por semana

11 – Limitar sucos, chá gelado, chocolate quente ou refrigerante a apenas uma vez na semana, e apenas meio litro no total

12 – Ir à escola a pé ou de bicicleta

13 – Praticar atividades físicas organizadas, como dança, futebol, handball ou ginástica

14 – Praticar também atividades livres, como caminhar e andar de bicicleta após a escola, levar o cachorro para passear ou pular no trampolim

15 – Limitar a 2 horas por dia o tempo de TV, computador ou tablets

16 – Nada de TV ou computador antes das 17h

17 – Determinar um horário para dormir cedo.

“Vai ser difícil, mas lutarei com todas as minhas forças. Sei que vou sentir falta do açúcar e de ser preguiçoso”, diz Jakob Christiansen, de dez anos, durante uma consulta.

O menino pesa 72 kg, 20 kg acima do ideal. Ele tem sofrido bullying na escola, depressão, e compensado esses dissabores comendo doces para buscar conforto emocional.

Negligenciados
“Em geral, crianças obesas são negligenciadas”, argumenta o médico Jens Christian Holm, que coordena o projeto, acrescentando que a obesidade é algo muito difícil de combater sozinho.

“São muitas vezes solitárias e muitas não participam de atividades com seus colegas. Têm baixa autoestima. Com o programa, elas têm uma chance real de perder peso e melhorar sua qualidade de vida.”

A mudança de hábitos é essencial para evitar que a obesidade persista e que os pacientes “se sintam frustrados e perdidos”.

Holm acredita que o programa possa ser replicado em outros países. Até o momento, foi adotado por oito cidades dinamarquesas.

Vitórias
Um de seus casos de sucesso é o de um menino de nove anos que tinha 40% de gordura corporal e pressão alta. Era introvertido, ia mal na escola e evitava exercícios físicos.

Ele ainda está em tratamento, mas reduziu sua gordura corporal em 25%. Está mais expansivo, participou de uma corrida de 5km e começou a jogar futebol.

Outro caso de sucesso é Mike Nelausen, de 14 anos.
Ele perdeu 25 kg dos 85 kg que pesava e parou de ser alvo de bullying.

“Eu vivia triste por causa do bullying, mas agora estou mais magro. E mais feliz, tenho mais energia. E não fico mais desanimado quando subo na balança.”

“O começo foi difícil, mas ficou mais fácil quando se tornou parte da minha rotina”, diz ele.

Com informações da BBC

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