Grávidas terão vacina contra Coqueluche: SUS

Foto: WikimediaCommons/ Canwest News Service
Gestantes brasileiras terão a partir de agora, de graça, a vacina tríplice acelular (DTPa), que protege contra tétano, difteria e coqueluche.
As doses serão aplicadas na rede pública de saúde.
O foco do ministério é a imunização contra coqueluche, para que as mães passem a imunidade para os bebês.
Quando a gestante é vacinada, o bebê fica imune por meio da placenta e é protegido até completar o calendário vacinal.
O público a ser atingido é de 2,9 milhões de gestantes e 324 mil trabalhadores de saúde.
O Ministério da Saúde adquiriu quatro milhões de doses da vacina.
Antes da disponibilização da DTPa, as grávidas tomavam três doses da vacina contra difteria e tétano, a dupla adulto. Agora, tomarão duas doses da dupla adulto e a terceira será substituída pela DTPa.
Coqueluche
Doença infecciosa aguda, a coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, transmitida pelo contato direto, por meio de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou pela voz.
Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por acessos de tosse seca.
Casos
Segundo o ministro da saúde, Arthur Chioro, os casos da doença têm aumentado em todo o mundo.
87% dos registros são de bebês com menos de 6 meses.
Em 2013, foram 5.668 casos de coqueluche no Brasil e 110 óbitos.
A dose
A vacina será oferecida a gestantes entre 27 e 36 semanas de gravidez.
Chioro informou que as doses já foram distribuídas em todo o país.
Crianças
A imunização contra a coqueluche já é oferecida pela rede pública para crianças e vai continuar.
Ela é iniciada com a vacina pentavalente, administrada aos dois, quatro e seis meses.
Entretanto, o bebê só é considerado imunizado após completar o quadro de vacinas.
A criança também recebe como reforço a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.
“Nós passamos a ter uma situação preocupante, inclusive com 245 óbitos nos últimos quatro anos, óbitos concentrados em crianças de menos de seis meses, e principalmente em menores de três meses, por isso é tão importante a estratégia de vacinação da gestante como forma de garantir proteção ao bebê”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Sintomas
Para Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério, em adultos a doença pode passar despercebida, pois os sintomas são mais leves.
Em crianças, percebe-se com a “tosse comprida”, que pode deixar a criança sem ar.
Segundo Barbosa, os sintomas são bem característicos. Como em alguns locais os médicos passam meses e até ano sem contato com pacientes com coqueluche, ela pode ser confundida com outra doença respiratória.
Com informações da Agência Brasil