Fotos: divulgação Por Rinaldo de Oliveira Atenção carecas e calvos, que torcem o nariz para transplantes. Chegou ao Brasil o robô com tecnologia de guerra de mísseis russos, que já é usado nos Estados Unidos e em países da Ásia. Em vez de tirar uma faixa da parte de trás do couro cabeludo – como acontece em outros tipos de transplante – o robô scaneia toda a área doadora, seleciona e coleta um a um os folículos que serão removidos e de depois usados no enxerto. Com autorização da Anvisa, dois exemplares do Robô Artas System já entraram no país, um deles está na capital da república, Brasília.
O especialista em cabelo João Carlos Pereira – integrante da International Society Hair Restorat e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica – diz que a nova técnica agrega eficiência, rapidez e precisão na extração dos enxertos foliculares, do próprio paciente, e sua reaplicação nos pontos de calvície.
O risco de rejeição é mínimo porque os enxertos são da própria pessoa. Só pode fazer a cirurgia quem ainda tem uma região doadora, ou seja, não serve para quem já está totalmente careca.
Resultados De acordo com os médicos, a cirurgia demora cerca de 6, dependendo do caso. Pelo procedimento antigo, que é mais doloroso e com pós operatório mais longo, leva até 2 dias,
A recuperação é rápida: em 48 horas o paciente pode voltar a trabalhar, mas ideal são 5 dias de repouso.
Atividades físicas podem ser retomadas em 7 dias e esportes coletivos após 1 mês. O resultado total leva de 8 a 12 meses para aparecer.
“Para o paciente, esse robô significa mais precisão no procedimento e uma aparência muito mais natural no resultado”, diz o dermatologista Ricardo Fenelon.
Preço O valor da cirurgia ainda é salgado. Custa em média 30 mil reais, de acordo com o distribuidor do robô. Mesmo assim a clínica que faz o transplante em Brasília já tem fila de espera, de empresários e políticos interessados.
Pesquisa Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que metade dos homens no mundo terá algum grau de calvície até os 50 anos, e esse percentual tende a subir com o avanço da idade. Cerca de 10% dos casos ocorrem antes mesmo do homem atingir 20 anos.
De 20% a 30% surgem entre os 20 e 30 anos. E de 60% a 70%, após os 40 anos. As mulheres também podem ter problema.
Veja como funciona, na reportagem de Valteno de Oliveira para o BandCidade-DF