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Remédio experimental reduz tumores em 50%

Rinaldo de Oliveira
02 / 04 / 2015 às 00 : 00
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Foto: Neal Andruska/Universidade de Illinois
Cientistas norte-americanos anunciaram o desenvolvimento de um remédio experimental capaz de encolher tumores de câncer em 50%.
O medicamento, testado em modelos animais, poderá ser eficaz no combate ao câncer da mama, dos ovários e do endométrio.
Depois de os ratinhos terem sido tratados com o remédio, chamado BHPI, “os tumores pararam imediatamente de crescer e começaram a encolher rapidamente”, revela, em comunicado, David Shapiro, principal autor da pesquisa e professor de bioquímica da Universidade de Illinois, nos EUA.
 
Graças ao tratamento – publicado recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences – “em apenas 10 dias, 48 dos 52 tumores pararam de crescer e a maioria encolheu 30% a 50%”, conta o cientista.

Como
Ele explica que o potencial da droga reside na sua forma peculiar de ação, diferente das habituais. 
O medicamento se agarra aos receptores de estrogênio e interrompe o crescimento das células cancerígenas.

“O BHPI funciona através das proteínas receptoras de estrogênio, mas de um modo distinto dos hormônios sexuais”.

“O remédio leva à ‘hiperatividade’ de um mecanismo (o UPR) normalmente utilizado pelo estrogênio para proteger as células do ‘stress’ e para ajudá-las a crescer” e que é aproveitado pelas células cancerígenas. 
 
O novo medicamento altera este mecanismo de resposta ao ‘stress’, levando-o ao limite e fazendo com que as células cancerígenas deixem de usá-lo.

“Desta forma, o crescimento dos tumores é interrompido e muitas das células de câncer, em órgãos com relação com o estrogênio – como de mama, ovário e endométrio – são mortas”, explica Neal Andruska, coautor do estudo. 
 

Segundo os cientistas, a droga poderá, também, trazer uma nova esperança nos casos em que os tumores são resistentes aos tratamentos convencionais.

Ela não produz efeitos colaterais nefastos nos modelos animais, que o toleraram bem e não sofreram perda de peso. 
 

“Ainda estamos numa fase muito precoce e há muitos obstáculos a ultrapassar até que o medicamento possa ser introduzido na prática clínica mas, até ao momento, ele tem se mostrado largamente eficaz”, finaliza Shapiro.

Leia o estudo na íntegra aqui, em inglês. 
Com informações do BoasNotícias

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